Baseado no sucesso do Outubro Rosa, foi a vez do País receber a campanha Novembro Azul, que teve por objetivo conscientizar os homens sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata. Embora as chances de cura da doença alcancem até 90% - quando detectada em fase inicial, muitos brasileiros ainda perdem a batalha para o tumor. Segundo o Dr. Marcos França, oncologista do Centro de Câncer de Brasília (Cettro), a explicação é precisa: “Os homens sofrem de preconceito em relação ao exame de toque retal, ainda imprescindível para detecção da doença em população assintomática”.
Pesquisa recente, comandada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), ouviu cinco mil homens em seis capitais brasileiras: Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Recife e Belo Horizonte. Os resultados revelaram que 47% dos entrevistados nunca fizeram exames para detecção do câncer de próstata. Dr. França destaca que esse é o retrato do homem brasileiro, cujos cuidados com a saúde estão bem aquém àqueles empreendidos pela mulher.
A SBU preconiza que os homens iniciem o acompanhamento com o exame de toque retal por volta dos 45 anos. Podem iniciar aos 40 anos, nos casos em que há elevado risco - aqueles que apresentam familiares com câncer de próstata em idade mais precoce. “A doença não apresenta sintomas na fase inicial. O exame clínico pode indicar eventual alteração na glândula, permitindo com isso uma investigação adequada”, comenta Dr. Marcos França. Com a evolução do tumor surgem sintomas relacionados ao ato de urinar, como urgência, dificuldade e maior frequência no período noturno.
Texto: Dr. Marcos França/Cettro
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