sábado, 12 de dezembro de 2015

Chá Verde poderá tornar-se Tratamento Contra o Câncer

















Pesquisadores da Clínica Mayo reportaram resultados positivos em leucemia no estágio inicial usando em pesquisas que usaram o EGCG, um ingrediente ativo do chá verde.
O estudo determinou que os pacientes com leucemia crônica podem tolerar o elemento químico muito bem quando administrados em altas doses em forma de cápsula e a contagem de leucócitos foi reduzida em um terço dos pacientes.
A leucemia crônica é o subtipo mais comum da doença nos EUA. Atualmente, não tem cura. Testes com sangue possibilitaram diagnósticos no estágio inicial em muitos casos, mas o tratamento consiste em esperar enquanto a doença se desenvolve.
Os pesquisadores esperam que o EGCG possa estabilizar a doença no primeiro estágio e talvez melhorar a efetividade do tratamento quando combinado com outras terapias.
A pesquisa já está na segunda fase, seguindo os pacientes que receberam o tratamento. Esses estudos são os últimos passos de um projeto que começa com testes do extrato de chá verde nas células cancerígenas no laboratório Mayo.
Depois que a pesquisa laboratorial mostrou grande efeito matando as células da leucemia, a descoberta foi aplicada em tecidos animais.

Fonte:  Science Daily



sábado, 28 de novembro de 2015

Cientista de MG desenvolve anticorpo para diagnosticar Câncer de Mama























Uma professora do curso de Biologia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) é a responsável pelo desenvolvimento de um tipo de anticorpo capaz de reconhecer proteínas do câncer de mama. Foram dez anos de pesquisa, que foi reconhecida em 2015 pelo prêmio "Octavio Frias de Oliveira”, que incentiva a produção de conhecimento nacional na prevenção e combate ao câncer.

Thaise Gonçalves Araújo atua no campus da universidade em Patos de Minas, no Alto Paranaíba. Ela contou que para a observação teve o auxílio de um grupo de pesquisadores. "Foi coletado o material genético de dez pacientes que recorreram ao Hospital de Clínicas da UFU para extração do material genético”, afirmou.

A partir do material se construiu e modificou sequências para obter anticorpos promissores para diagnóstico do câncer de mama, dentre estes o FabC4. "Quando testamos esse anticorpo vimos que ele conseguia diferenciar as pacientes que tinham câncer daquelas que tinham doenças benignas. No grupo de pacientes com câncer vimos que ele identificava as que tinham tumores de grau três ou triplos negativos, para os quais só tem um tipo de tratamento, quimio e radioterapia”, acrescentou.

De acordo com a professora, o anticorpo pode predizer a evolução da doença em um subgrupo extremamente heterogêneo, o que abre portas para o melhor tratamento da doença.

Atualmente, ela e o grupo de pesquisadores estão aprofundando os estudos quanto a atividade biológica do anticorpo em diferentes linhagens de células tumorais. "Buscamos verificar sua atividade na proliferação, migração e morte de células tumorais”, acrescentou.

Finalizando os teste em células, o grupo  iniciará os testes em animais. Além disso, eles buscam também compreender novas vias oncogênicas para melhor compreender a doença. "Pesquisa aplicada não existe sem pesquisa básica”, ressaltou Thaise Gonçalves.

Premiação

A descoberta do anticorpo rendeu à pesquisadora o Prêmio Octavio Frias de Oliveira de 2015, realizado pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (Icesp), em parceria com o grupo Folha de São Paulo. O trabalho foi reconhecido no quesito Inovação Tecnológica e a premiação aconteceu em agosto deste ano.

Também participaram do estudo os professores Luiz Ricardo Goulart Filho (Ingeb/UFU) e Iara Cristina de Paiva Maia (Faculdade de Medicina/UFU), além de profissionais do Hospital do Câncer de Barretos e do A. C. Camargo Câncer Center.

A pesquisa, que teve início no mestrado de Thaíse Araújo, foi financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de Minas Gerais (Fapemig).

Ciência desde a infância

A inspiração de Thaise Gonçalves pela Ciência vem desde a infância. Ela sempre gostou de criar, de pesquisar e inovar.

Na graduação ela já pretendia trabalhar na procura da cura do câncer, sobretudo o de mama.

"Talvez por ironia do destino, minha mãe hoje luta contra o câncer de mama. Dediquei a ela esta conquista”, concluiu.

Equipe Oncoguia - Data de cadastro: 23/11/2015
Fonte: G1


quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Descoberto novo câncer ligado ao uso de prótese mamária





As autoridades de saúde francesas alertam para um novo tipo de câncer possivelmente desenvolvido por mulheres que implantaram próteses mamárias. Segundo oncologistas, o linfoma AGC-AIM, (linfoma
anaplásico de grandes células) foi diagnosticado apena em pessoas com silicone nas mamas.

Somente na França, 18 casos já foram diagnosticados nos últimos três anos, 14 deles em pacientes que implantaram silicone da fabricante norte-americana Allergan. Esse tipo de tumor já foi identificado em 173 pacientes no mundo.

O aparecimento deste novo câncer preocupa as autoridades de saúde francesas. De acordo com o jornal Le Parisien, peritos do Instituto de Câncer vão comunicar o surgimento desse linfoma à Organização Mundial de Saúde (OMS).

O Ministério da Saúde da França enviou uma mensagem de alerta máxima aos médicos de todo o país, solicitando a comunicação de casos suspeitos em pacientes com silicone nos seios.

A Agência Nacional de Segurança Medicamentosa fará uma reunião, prevista para o fim deste mês, onde poderá ser definida a proibição do comércio de certos modelos de próteses mamárias, na França.

Enquanto isso, o ministro da Saúde francês, Marisol Touraine disse que não é recomendado que as mulheres retirem suas próteses. Novos testes estão sendo feitos para comprovar a ligação entre o linfoma e os implantes feitos com silicone da farmacêutica norte-americana.

Escândalo da prótese mamária PIP
Em dezembro de 2011, o governo francês recomendou que todas as mulheres que tinham implantes mamários da marca Poly Implant Prothèse (PIP) se submetessem à uma cirurgia para retirá-las de modo preventido. A agência francesa identificou cinco tipos de óleos utilizados nas próteses que não são recomendados para uso médico.

O uso do silicone industrial é de má qualidade e inferior ao silicone-padrão, o que aumenta a possibilidade de ruptura. As primeiras reclamações surgiram em 2010 e levaram a falência da empresa. Em depoimento, o fundador da empresa admitiu ter usado silicone adulterado e não-testado nas próteses por acreditar ser "mais barato e melhor”.

Repercussão no Brasil

Em 29 de dezembro de 2011, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cancelou o registro da PIP no Brasil. O Ministério da Saúde determinou, em 2012, que o SUS pagaria a cirurgia para troca do silicone adulterado das brasileiras que haviam se submetido ao implante.

O próprio SUS utilizou a marca de prótese mamária nos casos de mastectomia (retirada da mama em pacientes com câncer), isso se tornou um caso de saúde pública e foi decidido que o governo pagaria a troca das próteses.

Tipos de próteses
As próteses mamárias podem ser do tipo cônico, redondo ou natural (em gota). Existem marcas que ainda subdividem o modelo natural em mais dois ou três submodelos a depender do formato da base.

Escolher entre um modelo cônico, redondo ou em gota irá influenciar diretamente no formato final das mamas. A escolha é feita pelo cirurgião plástico após análise do paciente e suas expectativas. É importante que o médico seja credenciado à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.


Fonte: Terra/ONCOGUIA

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

EUA liberam novo remédio contra um dos tipos de câncer que mais mata no Brasil

















O câncer de pâncreas é considerado um dos tipos mais letais da doença entre os brasileiros, sendo que os tratamentos existentes nem sempre são efetivos. Agora, um remédio inovador que acaba de ser aprovado nos Estados Unidos e deve começar a ser vendido nas próximas semanas promete impedir o avanço do tumor.
Os estudos foram comandados pela Merrimack Pharmaceuticals e incluíram diversos parceiros ao redor do mundo para testar a droga. Entre eles, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), onde o medicamento apresentou resultados animadores. Para se ter uma ideia, após 12 semanas de uso, 57% dos pacientes tratados com a nova droga continuavam vivos, contra 26% dos que permaneceram recebendo o tratamento convencional.
Batizado cientificamente de MM-398, o medicamento representa uma maneira mais inteligente de usar a quimioterapia, tendo sido desenvolvido para romper com uma barreira celular formada pelo tumor cancerígeno, já que a doença é responsável também pela formação de células fibrosas em volta do tumor. Com a ajuda da nanotecnologia, o tratamento usa uma espécie de bolinha onde são colocadas partículas do medicamento. É dentro dessa esfera que o remédio entra na circulação, sendo liberado apenas próximo ao tumor.
Apesar dos avanços, ainda não há prazo para que o medicamento seja liberado no Brasil – antes disso, a substância ainda precisa ser encaminhada para registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).


Fonte:  por Redação Hypeness

@hypeness com br



quarta-feira, 20 de maio de 2015

O Câncer é Devastador para a Saúde e para as Finanças



Como enfrentar o ônus financeiro do tratamento de câncer
Há dez anos, Scott Lazerson tirou três meses de licença do seu trabalho como estrategista de mídia, mas não para tirar um sabático ou férias. Ele estava em um estágio avançado de câncer no testículo, e a segunda rodada de quimioterapia o deixou exausto e sem condições de trabalhar.
"Eu acho que estava na cama a maior parte do tempo", diz Lazeson, hoje com 44 anos. Ele mora no Estado americano do Utah. "Eu estava muito, muito doente."
Lazerson entrou com um pedido por benefícios para doentes junto ao governo americano, para cobrir o rombo financeiro deixado em suas economias pela interrupção no trabalho. Mas o dinheiro só começa a ser depositado depois do sexto mês da doença. Como ele é dono de um empresa que presta serviços terceirizados, ele não tinha direito a um seguro ou qualquer outro tipo de benefício dado a trabalhadores.
Sua esposa fez alguns trabalhos de consultoria para complementar a renda e pagar as contas. Eles também receberam ajuda da família e de um ex-empregador, que aceitou pagar três meses da hipoteca da casa do casal.
"Tivemos que cortar todos os gastos, estavamos literalmente em modo de sobrevivência", diz Lazerson.
Ele não está sozinho. Uma quantidade surpreendente de pacientes com câncer não recebem ajuda do empregador ou do governo durante períodos de emergência médica - às vezes porque esses benefícios não existem; outras porque eles existem, mas o trabalhador não optou por elas; e existe ainda o caso de regras rígidas demais, que não permitem que a pessoa tenha acesso a ajuda financeira.
Nos Estados Unidos, 30% das famílias de renda média com pacientes que sobreviveram a câncer acabaram acumulando dívidas de pelo menos US$ 10 mil (cerca de R$ 23 mil), segundo um estudo da Washington National Institute for Wellness Solutions. Pessoas diagnosticadas com câncer aumentam em 2,5 vezes suas chances de entrar em falência, segundo outro estudo da Public Health Sciences Division.
No Reino Unido, os provedores de serviços para pacientes com câncer têm US$ 4,38 milhões (R$ 11,28 milhões) a receber do governo ou de indivíduos, segundo a Macmillan Cancer Support.
Receber tratamento para câncer é uma tarefa árdua o suficiente, sem a parte do prejuízo financeiro. Por isso é importante ter estratégias para mininizar o impacto econômico.
Confira abaixo algumas dicas:
O QUE SERÁ PRECISO. Força de vontade e disciplina para lidar com uma situação dificílima: custos cada vez maiores e renda familiar cada vez menor.
QUANTO TEMPO É NECESSÁRIO PARA SE PREPARAR. A maior parte das pessoas não tem nenhuma poupança para lidar com câncer quando ele surge - a exceção são aqueles que criam um fundo para se prevenir em casos de emergência. Desde o momento do diagnóstico já é importante começar a cortar gastos e poupar o máximo possível, no caso de ser preciso parar de trabalhar.
FAÇA AGORA. Leia sua apólice de seguro. Sua cobertura vai ditar os gastos que terá de desembolsar da sua própria renda. Conheça os planos, o tratamento dado a remédios, as terapias e outros custos que são cobertos. Se você não entender algo, ligue para algum especialista.
Não se esqueça de manter um registro - gravação ou anotações - de todas as conversas que tiver, caso seja necessário acionar o governo ou a Justiça.
Veja quais benefícios você tem direito por lei. No Canadá, por exemplo, o governo federal tem um programa que oferece 15 semanas de renda para pessoas que estão afastadas do trabalho por problema de saúde.
Katherine Sharpe, vice-presidente de apoio a pacientes da Sociedade Americana de Câncer recomenda que esses benefícios sejam procurados imediatamente, pois eles podem demorar para ser liberados. Isso pode prejudicar o paciente financeiramente.
Outras dicas dos especialistas:
Corte seus gastos - em tudo. Se sua renda decair, cada centavo é importante. Corte no supérfluo - como canais de TV a cabo. Entre em contato com credores ou empresas de serviços públicos e explique que você poderá ter dificuldades para lidar com pagamentos. Também leve em consideração que alguns gastos subirão por conta da sua saúde - talvez você tenha que investir mais para deixar a casa quente ou para comprar alimentos mais caros e melhores.
Procure ajuda financeira. Não espere a crise financeira chegar ao seu auge para começar a procurar ajuda. Especialistas podem ajudar a renegociar prestações de casa própria ou outros pagamentos.
Peça para trabalhar em um esquema flexível. Dependendo do seu emprego, é possível trabalhar em meio turno ou trabalhar de casa, evitando o desgaste de enfrentar o trânsito todo dia. Isso pode ser vital para sua saúde.
Mantenha um balanço de seus gastos. Nos Estados Unidos, gastos médicos são isentos de impostos se excedem 10% da renda. Isso inclui gastos com receitas médicas, consultas, exames e custos de transporte relacionados à doença.
Não tenha vergonha de pedir ajuda. Câncer pode ser a primeira ocasião que leva alguém a pedir dinheiro a seus familiares. Também existem sociedades e associações que ajudam pacientes nessas condições.
Fonte: BBC - Brasil

Dez Sinais de Câncer Frequentemente Ignorados
















Uma pesquisa da organização Cancer Research UK listou dez sintomas de câncer que muitas vezes são ignorados pelos cidadãos britânicos. A ONG diz que isso pode atrasar possíveis diagnósticos da doença.
Veja abaixo os sintomas e a que tipo de câncer eles podem estar relacionados:
§                       Tosse e rouquidão (câncer de pulmão)
§                       Aparição de caroços pelo corpo (dependendo da região do corpo, 
              pode indicar câncer)
§                       Mudança na rotina intestinal (câncer no intestino)
§                       Alteração no hábito de urinar (câncer na bexiga)
§                       Perda de peso inexplicável (pode estar ligada a diversas variações da doença)
§                       Dor inexplicável (pode indicar vários tipos de câncer)
§                       Sangramento inexplicável (pode estar ligado a cânceres no intestino, 
             na medula ou na vulva)
§                       Ferida que não cicatriza (por estar ligada a diversas variações da doença)
§                       Dificuldade de engolir (câncer no esôfago)
§                       Mudança na aparência de uma verruga (câncer de pele)
De acordo com a Cancer Research UK, muitas pessoas tendem a achar que sintomas como esses são triviais e, por isso, não procuram seus médicos.
Outro fator que motivaria os britânicos a não procurar ajuda seria o receio de "desperdiçar" o tempo dos médicos com esse tipo de suspeitas.
Os pesquisadores da entidade entrevistaram 1.700 pessoas com mais de 50 anos de idade. Mais da metade (52%) afirmou ter sentido ao menos um dos sintomas nos três meses anteriores à pesquisa.
Em um estudo qualitativo mais aprofundado, a Cancer Research UK se concentrou no caso de 50 das pessoas que tiveram os sintomas. Foi constatado que 45% delas não procuraram ajuda médica após senti-los.
Uma das pacientes relatou não ter ido fazer exames após sentir dores abdominais. "Algumas vezes eu pensei que era grave... mas depois, quando a dor melhorou, você sabe, pareceu não valer a pena investigar", disse ela.
Um homem, que percebeu mudanças na rotina na hora de urinar, disse aos pesquisadores: "Você só tem que seguir em frente. Ir muito ao médico pode ser visto como um sinal de fraqueza e podem pensar que você não é forte o suficiente para lidar com seus problemas".

A pesquisadora Katrina Whitaker, ligada à University College London, afirmou: "Muitas das pessoas que entrevistamos tinham os sintomas que dão o alerta vermelho, mas elas pensavam que os sintomas eram triviais e por isso não precisavam de assistência médica, especialmente se não sentiam dor ou se ela era intermitente."
Segundo ela, outros disseram que não queriam criar caso ou desperdiçar recursos do sistema de saúde público. O autocontrole e o estoicismo dos britânicos contribuem para esse tipo de atitude, e a persistência dos sintomas fazem com que as pessoas passem a considerá-los normais, de acordo com a pesquisadora.
Ela disse ainda que muitos pacientes só procuraram médicos depois que tiveram contato com campanhas de conscientização ou receberam conselhos de amigos ou de familiares.
Segundo o médico Richard Roope, na dúvida, é sempre melhor procurar um médico. Ele disse que muitos desses sintomas não são causados pelo câncer - mas se forem, o rápido diagnóstico aumenta as chances do paciente no tratamento da doença.
Ele afirmou que atualmente cerca da metade dos pacientes diagnosticados conseguiriam sobreviver por mais de dez anos.

Alarme falso

Uma outra pesquisa, também financiada pela Cancer Research UK, constatou que um "alarme falso" pode desestimular os britânicos a continuarem investigando possíveis sintomas da doença.
Para essa pesquisa, a University College London analisou 19 estudos científicos pré-existentes.
A pesquisa constatou que cerca de 80% das pessoas que são submetidas a exames para checar a existência do câncer após a manifestação de sintomas descobrem que não sofrem da doença.
Esse grupo tenderia a ficar desestimulado a voltar a investigar eventuais novos sintomas. Entre as principais razões para isso, segundo a organização, estariam a falta de orientação recebida dos médicos durante os exames anteriores e o temor de ser visto como "hipocondríaco".
"Pacientes que vão a seus médicos com os sintomas obviamente ficam aliviados ao saber que não têm câncer. Mas como nosso levantamento mostra, é importante que eles não sintam uma falsa sensação de segurança e entendam que ainda devem procurar ajuda se perceberem sintomas novos ou recorrentes", afirmou Cristina Renzi, uma das pesquisadoras envolvidas no estudo.
Fonte: BBC Brasil


terça-feira, 19 de maio de 2015

Protocolo Cleópatra de Quimioterapia funciona???



Gente, essa é a nossa guerreira Valeria Kenchicoski, a criadora da fan page

TENHO CÂNCER. e DAÍ? Hoje ela deu seu depoimento sobre seu estado de saúde.

Vamos torcer e orar a Deus para ajudá-la nesses momentos difíceis que ela está
passando.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Inca recomenda redução de agrotóxicos para prevenir câncer





O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) se posicionou nesta quarta-feira (8) contra o modo como os agrotóxicos são usados no Brasil, recomendando sua redução em um documento de cinco páginas, no qual ressaltou os riscos dessas substâncias para a saúde e de contribuírem para a incidência de câncer. "O modelo de cultivo com o intensivo uso de agrotóxicos gera malefícios, como poluição ambiental e intoxicação de trabalhadores e da população em geral", diz o documento, que, além de apontar as intoxicações causadas imediatamente após a exposição, também enumera efeitos que aparecem após anos de exposição: "Dentre os efeitos associados à exposição crônica a ingredientes ativos agrotóxicos podem ser citados infertilidade, impotência, abortos, malformações, neurotoxicidade, desregulação hormonal, efeitos sobre o sistema imunológico e câncer". A recomendação do instituto é que se adote "a redução progressiva e sustentada do uso de agrotóxicos", prevista no Programa Nacional de Redução de do Uso de Agrotóxicos e a produção agroecológica, segundo a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica. O Inca explica no documento que a presença de agrotóxicos não se restringe a produtos in natura, como legumes e verduras, mas também existe em alimentos industrializados com ingredientes como trigo, milho e soja: "A preocupação com agrotóxicos não pode significar a redução do consumo de frutas, legumes e verduras, que são alimentos fundamentais em uma alimentação saudável e de grande importância na prevenção do câncer". O coordenador de ensino do Inca, Luis Felipe Pinto, destacou que o Brasil é o país para o qual a discussão é mais importante, já que ele é o principal consumidor de agrotóxicos do mundo e tem forte contribuição da agricultura em sua economia. Segundo ele, "O Inca não faz isso por achismo ou por questão ideológica. Segue as evidências cientificas, fruto do trabalho de sua equipe e de cientistas no mundo inteiro". Pinto justifica o alerta afirmando, também, que a Organização Mundial de Saúde e o Inca prevêem que, em 2020, o câncer se torne a principal causa de morte no Brasil. Para ele, os efeitos do aumento do uso de agrotóxicos nos últimos anos devem se refletir em ainda mais casos da doença em 15 ou 20 anos: "Houve uma explosão dos pesticidas. Em 10 anos, subiu oito vezes e meia o gasto econômico [com agrotóxicos], o que é um indicador disso". Para o produtor orgânico Alcimar do Espírito Santo, há grande interesse dos agricultores em mudar sua produção para orgânica, mas hesitações econômicas ainda são um entrave. "Há toda uma cultura da agricultura convencional, em que eles já estão acostumados com seus compradores", diz ele, que explica também que a transição é difícil, porque a terra que recebia pesticidas e fertilizantes precisa "descansar" por um tempo para produzir produtos livres dessas substâncias. O nutricionista do Inca Fábio Gomes afirma que a população que trabalha no campo é a mais afetada pelos agrotóxicos e recomenda que a economia orgânica seja incentivada pelos consumidores: "É preciso valorizar os produtos orgânicos. E também interferir e sugerir aos legisladores e tomadores de decisão para que eles possam valorizar a produção de produtos livres de agrotóxicos, inclusive encarecendo a produção dos outros produtos".

Fonte:  INCA

Brasil lidera o ranking de consumo de agrotóxicos







RIO - O consumo de agrotóxicos no Brasil saltou de 2 bilhões de dólares para mais de 7 bilhões entre 2001 e 2008, alcançando valores recordes de 8,5 bilhões de dólares em 2011. Em 2009, o país se tornou o maior consumidor mundial de agrotóxico, com mais de um milhão de toneladas, o que equivale a um consumo médio de 5,2 kg de veneno agrícola por habitante. Os dados são de um relatório lançado nesta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Segundo o texto, o uso de sementes transgênicas foi um dos responsáveis por essa realidade, já que os transgênicos exigem grande quantidade de agrotóxicos em sua produção.

— Não há dúvida que são venenos que atuam a nível molecular nas células, embora ainda tenhamos que conhecer melhor suas consequências — afirmou Cláudio Noronha, chefe de prevenção e vigilância do Inca. — Exposições ambientais a agentes químicos, físicos ou biológicos são o principal fator que leva ao câncer. E o Inca tem compromisso com esta questão.
Segundo a biomédica do Inca Marcia Scarpa, da unidade técnica de exposição ocupacional e ambiental, há dois tipos de intoxicação pelo agrotóxico: agudo, ligado a sintomas logo após o contato, como irritação da pele e olhos, coceira, cólicas, vômitos, diarreia, espasmos, dificuldades respiratórias e convulsões; e a intoxicação crônica, que ocorre quando o indivíduo é exposto a pequenas quantidades por longos períodos. Nesse caso há “uma infinidade de efeitos", diz Marcia, como redução do sistema imunológico, desregulação endócrina e prejuízdos ao sistema nervoso central. Nesse caso está o câncer.

— Existe uma subnotificção de casos de intoxicação aguda. O efeito pode ser confundido com outros problemas como viroses — acrecenta Marcia, destacando que a média de subnotificção é de 1 notificado para cada 50 não notificados.

A agricultora Maria de Fátima Silva, de Andrades, em Teresópolis, usa defensivo agrícola sem proteção desde criança. Hoje aos 54 anos, ela não enxerga os males, mas reclama de dores nas costas e no coração. Já o produtor de alimentos orgânicos, Alcimar Espírito Santo diz que hoje são poucos os agricultores que enxergam os agrotóxicos como solução.

— Eles querem se ver livres disso. Vem crescendo o número de pessoas se convertendo aos orgânicos. E quem começa, não volta — comenta, admitindo que não é fácil fazer esta transição. — A gente deve buscar libertar o agricultor familiar que está aprisionado a este modelo de produção.

Noticiado em: 08/04/2015
Flávia Milhorance, Saúde

Fonte:  INCA

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Azar tem papel mais importante que genética em surgimento de câncer





Dois terços dos casos de câncer têm como responsáveis mutações aleatórias.
Mutações danosas podem ocorrer sem uma razão específica.

O simples e velho azar tem papel importante em determinar quem contrai e quem não contrai o câncer, de acordo com pesquisadores que descobriram que dois terços da incidência de câncer de vários tipos têm como responsáveis mutações aleatórias, e não fatores hereditários ou hábitos de risco.

Os pesquisadores afirmaram nesta quinta-feira (1º) que mutações aleatórias de DNA acumuladas em várias partes do corpo durante divisões de rotina nas células são as principais culpadas por muitos tipos de câncer.
Eles examinaram 31 tipos de câncer e descobriram que 22 deles, incluindo leucemia, câncer no pâncreas, nos ossos, nos testículos, no ovário e no cérebro, podem ser explicados em grande parte por essas mutações aleatórias, essencialmente azar biológico.

Os outros nove tipos, entre eles o câncer de pele e dos pulmões, são mais influenciados por fatores genéticos e ambientais, como hábitos de risco.
Em geral, eles atribuíram 65% da incidência de câncer a mutações aleatórias em genes.
"Quando alguém contrai o câncer, as pessoas imediatamente querem saber o motivo”, disse o médico Bert Vogelstein, da Escola de Medicina da Johns Hopkins University, nos Estados Unidos. Ele participou do estudo publicado no periódico "Science" junto com biomatemático Christian Tomasetti.
“Elas gostam de acreditar que há uma razão. E a razão em muitos casos não é o fato de alguém ter se comportado mal ou ter sido exposto a uma influência ambiental nociva. É somente porque a pessoa teve azar. É perder na loteria.”

Tomasetti afirmou que mutações danosas não ocorrem devido a uma razão em particular. Ele disse que o estudo indica que mudar o estilo de vida pode prevenir certos tipos de câncer, mas pode não ser eficaz para outros.
“Logo, devemos focar mais pesquisas e recursos para descobrir maneiras para detectar esses tipos de câncer em estágios iniciais, curáveis”, disse.

Fonte:  Reuters


terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Câncer de mama, amoras e um novo modo de mostrar a ciência






Projeto de doutorado da nutricionista Vanessa Cardoso Pires na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP avalia a hipótese de o consumo de extrato de amora pelos pais e pelas mães diminuir o risco de desenvolvimento de câncer de mama nas futuras filhas. A pesquisa está em andamento e tem a orientação do professor Thomas Prates Ong.




Por ser rica nos compostos antocianinas e elagitaninos, os chamados polifenóis, a amora, segundo a literatura, possui um potencial anti-inflamatório, anticarcinogênico e antiproliferativo, e “foi daí que veio a ideia de verificar se há um efeito protetor na programação fetal, ou seja, se as filhas dos pais que consumiram amora teriam algum benefício”, explica a pesquisadora.

A pesquisa intitulada Efeitos do consumo materno e/ou paterno de extrato aquoso de amora preta (Rubus spp.) na suscetibilidade da prole feminina à carcinogênese mamária quimicamente induzida, apesar de ainda estar em andamento, ganhou destaque a partir da premiação do concurso Euraxess Science Slam, no qual pesquisadores têm a oportunidade de apresentar seus projetos aos seus pares e ao público em geral de forma diferente do habitual, em um ambiente alegre e descontraído.

Ao encarnar a personagem da morte em busca de emprego, Vanessa apresentou sua pesquisa por meio de uma encenação, o que lhe rendeu o primeiro lugar entre os cinco finalistas.

Ciência vista com outros olhos

Surgido há poucos meses, o grupo GATU, cujo nome deriva da palavra tupi “nheengatu”, que significa “língua fácil de ser entendida”, é formado por Vanessa e mais dois integrantes, seus colegas do mestrado na Unifesp, Gustavo Arruda e Leonardo Parreira, e possui justamente a proposta de mostrar a ciência de uma forma diferente para as pessoas leigas, tornando-a mais palpável, dado que em geral os cientistas “falam como se as outras pessoas já tivessem um conhecimento prévio”, comenta a pesquisadora.
           
Vanessa apresentou a pesquisa por meio de uma encenação: primeiro lugar          
Assim, lançado o concurso Euraxess, o grupo se mobilizou para inscrever a pesquisa de Vanessa. Os trabalhos do grupo surgiram nas palestras que haviam planejado dar individualmente. Versando sempre sobre os assuntos acadêmico-científicos das pesquisas desenvolvidas, os pesquisadores utilizavam recursos como o storytelling, no qual o assunto abordado é desenvolvido em meio a uma história, o que permite ao espectador imergir na apresentação, despertando o seu interesse.

“A primeira vez que usei essa técnica foi em um simpósio de nutrição pediátrica no qual 80% das pessoas que estavam assistindo eram pediatras. Eu fiquei com medo porque estava trazendo uma coisa bem diferente para pessoas bastante tradicionais. Foi o momento de ver se o negócio iria pra frente. E o pessoal adorou a ideia”, relata, atribuindo o retorno positivo da platéia à interação obtida, que demonstrou o interesse do público. Muitos, inclusive, a procuraram para conversar após a exposição.

Além do storytelling, a apresentação trouxe slides nos quais não constavam palavras, mas animações, imagens e desenhos, aproximando as informações da realidade.

O grupo acredita que contextualizar e aproximar a explicação do dia-a-dia são mecanismos para atrair a curiosidade do público, especialmente porque no fim seria a isso que se prestaria a ciência.

As dificuldades, entretanto, também fazem parte da rotina dos membros do GATU em função de a ideia ser bastante inovadora no universo acadêmico. Ainda assim, Vanessa destaca a aprovação da proposta: “há uma aceitação maior entre as pessoas mais tradicionais na área do que entre as pessoas mais jovens. Acredito que porque estes estão acostumados e condicionados a respeitar as pessoas que falam mais seriamente”, conta.


Fonte:  Juliana Pinheiro Prado | Agência USP