sábado, 28 de novembro de 2015

Cientista de MG desenvolve anticorpo para diagnosticar Câncer de Mama























Uma professora do curso de Biologia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) é a responsável pelo desenvolvimento de um tipo de anticorpo capaz de reconhecer proteínas do câncer de mama. Foram dez anos de pesquisa, que foi reconhecida em 2015 pelo prêmio "Octavio Frias de Oliveira”, que incentiva a produção de conhecimento nacional na prevenção e combate ao câncer.

Thaise Gonçalves Araújo atua no campus da universidade em Patos de Minas, no Alto Paranaíba. Ela contou que para a observação teve o auxílio de um grupo de pesquisadores. "Foi coletado o material genético de dez pacientes que recorreram ao Hospital de Clínicas da UFU para extração do material genético”, afirmou.

A partir do material se construiu e modificou sequências para obter anticorpos promissores para diagnóstico do câncer de mama, dentre estes o FabC4. "Quando testamos esse anticorpo vimos que ele conseguia diferenciar as pacientes que tinham câncer daquelas que tinham doenças benignas. No grupo de pacientes com câncer vimos que ele identificava as que tinham tumores de grau três ou triplos negativos, para os quais só tem um tipo de tratamento, quimio e radioterapia”, acrescentou.

De acordo com a professora, o anticorpo pode predizer a evolução da doença em um subgrupo extremamente heterogêneo, o que abre portas para o melhor tratamento da doença.

Atualmente, ela e o grupo de pesquisadores estão aprofundando os estudos quanto a atividade biológica do anticorpo em diferentes linhagens de células tumorais. "Buscamos verificar sua atividade na proliferação, migração e morte de células tumorais”, acrescentou.

Finalizando os teste em células, o grupo  iniciará os testes em animais. Além disso, eles buscam também compreender novas vias oncogênicas para melhor compreender a doença. "Pesquisa aplicada não existe sem pesquisa básica”, ressaltou Thaise Gonçalves.

Premiação

A descoberta do anticorpo rendeu à pesquisadora o Prêmio Octavio Frias de Oliveira de 2015, realizado pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (Icesp), em parceria com o grupo Folha de São Paulo. O trabalho foi reconhecido no quesito Inovação Tecnológica e a premiação aconteceu em agosto deste ano.

Também participaram do estudo os professores Luiz Ricardo Goulart Filho (Ingeb/UFU) e Iara Cristina de Paiva Maia (Faculdade de Medicina/UFU), além de profissionais do Hospital do Câncer de Barretos e do A. C. Camargo Câncer Center.

A pesquisa, que teve início no mestrado de Thaíse Araújo, foi financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de Minas Gerais (Fapemig).

Ciência desde a infância

A inspiração de Thaise Gonçalves pela Ciência vem desde a infância. Ela sempre gostou de criar, de pesquisar e inovar.

Na graduação ela já pretendia trabalhar na procura da cura do câncer, sobretudo o de mama.

"Talvez por ironia do destino, minha mãe hoje luta contra o câncer de mama. Dediquei a ela esta conquista”, concluiu.

Equipe Oncoguia - Data de cadastro: 23/11/2015
Fonte: G1


quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Descoberto novo câncer ligado ao uso de prótese mamária





As autoridades de saúde francesas alertam para um novo tipo de câncer possivelmente desenvolvido por mulheres que implantaram próteses mamárias. Segundo oncologistas, o linfoma AGC-AIM, (linfoma
anaplásico de grandes células) foi diagnosticado apena em pessoas com silicone nas mamas.

Somente na França, 18 casos já foram diagnosticados nos últimos três anos, 14 deles em pacientes que implantaram silicone da fabricante norte-americana Allergan. Esse tipo de tumor já foi identificado em 173 pacientes no mundo.

O aparecimento deste novo câncer preocupa as autoridades de saúde francesas. De acordo com o jornal Le Parisien, peritos do Instituto de Câncer vão comunicar o surgimento desse linfoma à Organização Mundial de Saúde (OMS).

O Ministério da Saúde da França enviou uma mensagem de alerta máxima aos médicos de todo o país, solicitando a comunicação de casos suspeitos em pacientes com silicone nos seios.

A Agência Nacional de Segurança Medicamentosa fará uma reunião, prevista para o fim deste mês, onde poderá ser definida a proibição do comércio de certos modelos de próteses mamárias, na França.

Enquanto isso, o ministro da Saúde francês, Marisol Touraine disse que não é recomendado que as mulheres retirem suas próteses. Novos testes estão sendo feitos para comprovar a ligação entre o linfoma e os implantes feitos com silicone da farmacêutica norte-americana.

Escândalo da prótese mamária PIP
Em dezembro de 2011, o governo francês recomendou que todas as mulheres que tinham implantes mamários da marca Poly Implant Prothèse (PIP) se submetessem à uma cirurgia para retirá-las de modo preventido. A agência francesa identificou cinco tipos de óleos utilizados nas próteses que não são recomendados para uso médico.

O uso do silicone industrial é de má qualidade e inferior ao silicone-padrão, o que aumenta a possibilidade de ruptura. As primeiras reclamações surgiram em 2010 e levaram a falência da empresa. Em depoimento, o fundador da empresa admitiu ter usado silicone adulterado e não-testado nas próteses por acreditar ser "mais barato e melhor”.

Repercussão no Brasil

Em 29 de dezembro de 2011, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cancelou o registro da PIP no Brasil. O Ministério da Saúde determinou, em 2012, que o SUS pagaria a cirurgia para troca do silicone adulterado das brasileiras que haviam se submetido ao implante.

O próprio SUS utilizou a marca de prótese mamária nos casos de mastectomia (retirada da mama em pacientes com câncer), isso se tornou um caso de saúde pública e foi decidido que o governo pagaria a troca das próteses.

Tipos de próteses
As próteses mamárias podem ser do tipo cônico, redondo ou natural (em gota). Existem marcas que ainda subdividem o modelo natural em mais dois ou três submodelos a depender do formato da base.

Escolher entre um modelo cônico, redondo ou em gota irá influenciar diretamente no formato final das mamas. A escolha é feita pelo cirurgião plástico após análise do paciente e suas expectativas. É importante que o médico seja credenciado à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.


Fonte: Terra/ONCOGUIA

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

EUA liberam novo remédio contra um dos tipos de câncer que mais mata no Brasil

















O câncer de pâncreas é considerado um dos tipos mais letais da doença entre os brasileiros, sendo que os tratamentos existentes nem sempre são efetivos. Agora, um remédio inovador que acaba de ser aprovado nos Estados Unidos e deve começar a ser vendido nas próximas semanas promete impedir o avanço do tumor.
Os estudos foram comandados pela Merrimack Pharmaceuticals e incluíram diversos parceiros ao redor do mundo para testar a droga. Entre eles, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), onde o medicamento apresentou resultados animadores. Para se ter uma ideia, após 12 semanas de uso, 57% dos pacientes tratados com a nova droga continuavam vivos, contra 26% dos que permaneceram recebendo o tratamento convencional.
Batizado cientificamente de MM-398, o medicamento representa uma maneira mais inteligente de usar a quimioterapia, tendo sido desenvolvido para romper com uma barreira celular formada pelo tumor cancerígeno, já que a doença é responsável também pela formação de células fibrosas em volta do tumor. Com a ajuda da nanotecnologia, o tratamento usa uma espécie de bolinha onde são colocadas partículas do medicamento. É dentro dessa esfera que o remédio entra na circulação, sendo liberado apenas próximo ao tumor.
Apesar dos avanços, ainda não há prazo para que o medicamento seja liberado no Brasil – antes disso, a substância ainda precisa ser encaminhada para registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).


Fonte:  por Redação Hypeness

@hypeness com br