segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Pesquisa aponta possível relação entre tintas de cabelo e câncer de mama

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Um estudo publicado nesta semana pelo National Institute of Environmental Health Sciences diz que milhares dos produtos utilizados para tingir e alisar cabelos podem causar câncer de mama em mulheres que já apresentem algum risco de desenvolver a doença. A associação não é algo novo, mas a correlação entre os produtos e o câncer sempre foram pouco identificados. 
 
Para garantir melhores resultados, os pesquisadores foram atrás de cerca de 47 mil mulheres que haviam sido diagnosticadas com a doença, e essas mulheres também tinham outros casos na família. Os pesquisadores relataram que os maiores índices da doença foram identificados em mulheres que tiveram contato direto com tais produtos.
 
Para os envolvidos na pesquisa, era importante que as participantes fossem de diferentes locais e etnias. Por isso, a pesquisa contou com mulheres dos Estados Unidos e de Porto Rico, o que permitiu uma gama maior de experiências. 1 a cada 10 mulheres se identificavam como afro-americanas, o que permitiu que os grupos fossem subdivididos em raças.
 
As mulheres que se declararam brancas apresentaram um risco 8% maior de desenvolverem a doença, por usar tinta de cabelo permanente uma vez a cada 5 ou 8 semanas. As mulheres negras, que também disseram utilizar tintas de cabelo frequentemente, apresentam 60% de chances de desenvolverem câncer de mama. A porcentagem das mulheres que alisam o cabelo foi a mesma, independente de raça.
 
Ainda assim, esse resultado é relativo, conforme explica um trecho retirado do estudo: “Esse risco absoluto é geralmente um número muito, muito pequeno. Nesse caso, nenhuma das mulheres no estudo teve um diagnóstico prévio de câncer de mama. Mas como as pessoas no banco de dados tinham um membro da família com câncer de mama, o risco de desenvolver a doença já estava acima do da população em geral.”
 
Portanto, é impossível ter uma noção concreta das circunstâncias, visto que os fatores externos – como massa corporal, histórico familiar e idade – também são relevantes para identificar uma possível doença. A especulação é em relação a como produtos químicos podem afetar mulheres que já possuem alguma relação com o câncer.  
 
 
Fonte:Exame

sábado, 23 de novembro de 2019

Instituto Nacional do Câncer alerta: agrotóxicos e transgênicos causam câncer



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Desta vez, não somos nós que estamos falando. Não são as camponesas, não são estudantes, nem sem terra,
nem com terra. 

Quem fala agora a vocês é o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Aquele mesmo que devem procurar quando vocês ou algum familiar forem acometidos pelo câncer. 

Diz o INCA, menos de um mês após vocês aprovarem o milho resistente ao 2,4-D, e um dia antes de provavelmente aprovarem o eucalipto transgênico:

"É importante destacar que a liberação do uso de sementes transgênicas no Brasil foi uma das responsáveis por colocar o país no primeiro lugar do ranking de consumo de agrotóxicos, uma vez que o cultivo dessas sementes geneticamente modificadas exigem o uso de grandes quantidades destes produtos."

Quem diz isso é a ciência, aquela que vocês tanto louvam.

A sociedade brasileira - cientistas, camponesas e camponeses, moradores da cidade e do campo - roga-lhes que impeçam a aprovação de mais transgênicos.
Leiam o posicionamento do INCA:



POSICIONAMENTO DO INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA ACERCA DOS AGROTÓXICOS

O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), órgão do Ministério da Saúde, tem como missão apoiar este Ministério no desenvolvimento de ações integradas para prevenção e controle do câncer. Entre elas, estão incluídas pesquisas sobre os potenciais efeitos mutagênicos e carcinogênicos de substâncias e produtos utilizados pela população, bem como as atividades de comunicação e mobilização para seu controle, em parceria com outras instituições e representantes da sociedade.
O INCA, ao longo dos últimos anos, tem apoiado e participado de diferentes movimentos e ações de enfrentamento aos agrotóxicos, tais como a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, o Fórum Estadual de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos do Estado do Rio de Janeiro, o Dossiê da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) “Um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde”, a Mesa de Controvérsias sobre Agrotóxicos do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – Consea e os documentários “O Veneno Está na Mesa 1 e 2”, de Silvio Tendler.
Além disso, junto com outros setores do Ministério da Saúde, incluiu o tema “agrotóxicos” no Plano de Ações Estratégicas de Enfrentamento das Doenças Crônicas Não-Transmissíveis no Brasil (2011-2022). Em 2012, a Unidade Técnica de Exposição Ocupacional, Ambiental e Câncer e a Unidade Técnica de Alimentação, Nutrição e Câncer do INCA organizaram o “I Seminário Agrotóxico e Câncer”, em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Esse evento reuniu profissionais da área da saúde, pesquisadores, agricultores consumidores para debater os riscos à saúde humana decorrentes da exposição aos agrotóxicos, particularmente sua relação com determinados tipos de câncer.
Em 2013, em conjunto com a Fiocruz e a Abrasco, assinou uma nota alertando sobre os perigos do mercado de agrotóxicos. Nesta perspectiva, o objetivo deste documento é demarcar o posicionamento do INCA contra as atuais práticas de uso de agrotóxicos no Brasil e ressaltar seus riscos à saúde, em especial nas causas do câncer. Dessa forma, espera-se fortalecer iniciativas de regulação e controle destas substâncias, além de incentivar alternativas agroecológicas aqui apontadas como solução ao modelo agrícola dominante. Os agrotóxicos são produtos químicos sintéticos usados para matar insetos ou plantas no ambiente rural e urbano. No Brasil, a venda de agrotóxicos saltou de US$ 2 bilhões para mais de US$7 bilhões entre 2016 e 2018, alcançando valores recordes de US$ 8,5 bilhões em 2019 . Assim, já, alcançamos a indesejável posição de maior consumidor mundial de agrotóxicos, ultrapassando a marca de 1 milhão de toneladas, o que equivale a um consumo médio de 5,2 kg de veneno agrícola por habitante 2 .
É importante destacar que a liberação do uso de sementes transgênicas no Brasil foi uma das responsáveis por colocar o país no primeiro lugar do ranking de consumo de agrotóxicos, uma vez que o cultivo dessas sementes geneticamente modificadas exigem o uso de grandes quantidades destes produtos. O modelo de cultivo com o intensivo uso de agrotóxicos gera grandes malefícios, como poluição ambiental e intoxicação de trabalhadores e da população em geral. As intoxicações agudas por agrotóxicos são as mais conhecidas e afetam, principalmente, as pessoas expostas em seu ambiente de trabalho (exposição ocupacional). São caracterizadas por efeitos como irritação da pele e olhos, coceira,  Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para defesa agrícola – SINDAG, 
Já as intoxicações crônicas podem afetar toda a população, pois são decorrentes da exposição múltipla aos agrotóxicos, isto é, da presença de resíduos de agrotóxicos em alimentos e no ambiente, geralmente em doses baixas. Os efeitos adversos decorrentes da exposição crônica aos agrotóxicos podem aparecer muito tempo após a exposição, dificultando a correlação com o agente. Dentre os efeitos associados à exposição crônica a ingredientes ativos de agrotóxicos podem ser citados infertilidade, impotência, abortos, malformações, neurotoxicidade, desregulação hormonal, efeitos sobre o sistema imunológico e câncer. Os últimos resultados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos (PARA) da Anvisa revelaram amostras com resíduos de agrotóxicos em quantidades acima do limite máximo permitido e com a presença de substâncias químicas não autorizadas para o alimento pesquisado.
Além disso, também constataram a existência de agrotóxicos em processo de banimento pela Anvisa ou que nunca tiveram registro no Brasil. Vale ressaltar que a presença de resíduos de agrotóxicos não ocorre apenas em alimentos in natura, mas também em muitos produtos alimentícios processados pela indústria, como biscoitos, salgadinhos, pães, cereais matinais, lasanhas, pizzas e outros que têm como ingredientes o trigo, o milho e a soja, por exemplo. Ainda podem estar presentes nas carnes e leites de animais que se alimentam de ração com traços de agrotóxicos, devido ao processo de bioacumulação. Portanto, a preocupação com os agrotóxicos não pode significar a redução do consumo de frutas, legumes e verduras, que são alimentos fundamentais em uma alimentação saudável e de grande importância na prevenção do câncer.
O foco essencial está no combate ao uso dos agrotóxicos, que contamina todas as fontes de recursos vitais, incluindo alimentos, solos, águas, leite materno e ar. Ademais, modos de cultivo livres do uso de agrotóxicos produzem frutas, egumes, verduras e leguminosas, como os feijões, com maior potencial anticancerígeno.
Outras questões merecem destaque devido ao grande impacto que representam. Uma delas é o fato do Brasil ainda realizar pulverizações aéreas de agrotóxicos, que ocasionam dispersão destas substâncias pelo ambiente, contaminando amplas áreas e atingindo populações. A outra é a isenção de impostos que o país continua a conceder à indústria produtora de agrotóxicos, um grande incentivo ao seu fortalecimento, que vai na contramão das medidas protetoras aqui recomendadas.
E ainda, o fato de o Brasil permitir o uso de agrotóxicos já proibidos em outros países. Ressalta-se a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) que publicou a Monografia da IARC volume 112, na qual, após a avaliação da carcinogenicidade de cinco ingredientes ativos de agrotóxicos por uma equipe de pesquisadores de 11 países, incluindo o Brasil, classificou o herbicida glifosato e os inseticidas malationa e diazinona como prováveis agentes carcinogênicos para humanos (Grupo 2A) e os inseticidas tetraclorvinfós e parationa como possíveis agentes carcinogênicos para humanos (Grupo 2B).
Destaca-se que a malationa e a diazinona e o glifosato são autorizados e amplamente usados no Brasil, como inseticidas em campanhas de saúde pública para o controle de vetores e na agricultura, respectivamente. Além dos efeitos tóxicos evidentes descritos na literatura científica nacional e internacional, as ações para o enfrentamento do uso dos agrotóxicos têm como base o Direito Humano à Alimentação Adequada – DHAA (previsto nos artigos 6º e 227º da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988), a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, a Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta - PNSIPCF , a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da trabalhadora e a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica - PNAPO.
Considerando o atual cenário brasileiro, os estudos científicos desenvolvidos até o presente momento e os marcos políticos existentes para o enfrentamento do uso dos agrotóxicos, o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) recomenda o uso do Princípio da Precaução e o estabelecimento de ações que visem à redução progressiva e sustentada do uso de agrotóxicos, como previsto no Programa Nacional para Redução do uso de Agrotóxicos (Pronara). Em substituição ao modelo dominante, o INCA apoia a produção de base agroecológica em acordo com a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica. Este modelo otimiza a integração entre capacidade produtiva, uso e conservação da biodiversidade e dos demais recursos naturais essenciais à vida. Além de ser uma alternativa para a produção de alimentos livres de agrotóxicos, tem como base o equilíbrio ecológico, a eficiência econômica e a justiça social, fortalecendo agricultores e protegendo o meio ambiente e a sociedade. A elaboração e a divulgação deste documento têm como objetivo contribuir para o papel do INCA de produzir e disseminar conhecimento que auxilie na redução da incidência e mortalidade por câncer no Brasil.

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Câncer de mama pode ter diagnóstico precoce com exame de sangue




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O câncer de mama foi apontado como o segundo mais comum no mundo em 2018, com 25,4% de novos casos diagnosticados, de acordo com os dados divulgados pelo American Institute for Cancer Research. A doença é uma das principais causas de morte entre as mulheres, mesmo sendo o tipo de câncer que possui maior taxa de cura. E esses dados conflitantes ocorrem, principalmente, por conta do diagnóstico tardio. Atualmente, o autoexame e a mamografia são prevenções efetivas que buscam pequenos nódulos nos seios que indicam o início do câncer. Mas seria muito mais efetivo para a saúde das mulheres, se conseguissem detectar a doença de forma mais simples do que os métodos atuais, e antes mesmo, de aparecerem os primeiros tumores. Isso foi o que norteou o estudo dos pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, para descobrir como o câncer de mama poderia ser diagnosticado até cinco anos antes de aparecerem os primeiros sinais da doença, por meio de uma amostra de sangue do paciente. Alguns dados importantes dessa pesquisa foram apresentados neste ano na Conferência Nacional de Câncer em Glasgow, na Escócia e vamos abordá-los ao longo do texto. A lógica do novo estudo para detectar câncer de mama Os pesquisadores não focaram nas células cancerígenas, porque são justamente essas que causam o nódulo nos seios, mas sim nos antígenos produzidos por elas - estes que desencadeiam o sistema de defesa do nosso organismo para produzir anticorpos contra a doença. A partir disso, eles descobriram que os antígenos associados a tumores (TAAs) podem estar presentes no sangue do paciente, antes mesmo das células da doença se multiplicarem e formarem o câncer propriamente dito. O teste realizado na pesquisa para detectar câncer de mama com amostras de sangue A equipe coletou 180 amostras de sangue, sendo 90 com pacientes recém-diagnosticados com câncer de mama e os outros 90, de pacientes sem a doença, para servir como grupo de controle da pesquisa. Com a ajuda de uma tecnologia de triagem, a protein microarray, os pesquisadores conseguiram rastrear nas amostras de sangue, a presença de 40 TAAs associados ao câncer de mama. Assim, desenvolveram uma tabela para analisar se as amostras de sangue colhidas apresentavam os TAAs da doença. Os resultados apresentaram razoável precisão, apontando que em 37% das amostras de sangue colhidas dos pacientes com câncer de mama, existiam sim os TAAs da doença e em 79% das amostras coletadas do grupo de controle, confirmaram a ausência da patologia. Os próximos passos Com esses dados, as primeiras conclusões do estudo foram tidas como iniciais e que mais testes devem ser realizados, para se tornarem realmente conclusivos. E sendo efetivo, daqui, no máximo cinco anos, é possível que esse diagnóstico precoce por meio de amostras de sangue já esteja disponível em todas as clínicas do mundo. A equipe de pesquisadores de Nottingham estão confiantes e vão realizar uma segunda análise para testar amostras de sangue em 800 pacientes, para comprovar se o estudo é conclusivo ou não. Sendo assim, basta esperar os próximos resultados para ver se a revolução para diagnosticar o câncer de mama poderá ser realizado por meio de amostras de sangue. O câncer de mama foi apontado como o segundo mais comum no mundo em 2018, com 25,4% de novos casos diagnosticados, de acordo com os dados divulgados pelo American Institute for Cancer Research. A doença é uma das principais causas de morte entre as mulheres, mesmo sendo o tipo de câncer que possui maior taxa de cura. E esses dados conflitantes ocorrem, principalmente, por conta do diagnóstico tardio. Atualmente, o autoexame e a mamografia são prevenções efetivas que buscam pequenos nódulos nos seios que indicam o início do câncer. Mas seria muito mais efetivo para a saúde das mulheres, se conseguissem detectar a doença de forma mais simples do que os métodos atuais, e antes mesmo, de aparecerem os primeiros tumores. Isso foi o que norteou o estudo dos pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, para descobrir como o câncer de mama poderia ser diagnosticado até cinco anos antes de aparecerem os primeiros sinais da doença, por meio de uma amostra de sangue do paciente. Alguns dados importantes dessa pesquisa foram apresentados neste ano na Conferência Nacional de Câncer em Glasgow, na Escócia e vamos abordá-los ao longo do texto. A lógica do novo estudo para detectar câncer de mama Os pesquisadores não focaram nas células cancerígenas, porque são justamente essas que causam o nódulo nos seios, mas sim nos antígenos produzidos por elas - estes que desencadeiam o sistema de defesa do nosso organismo para produzir anticorpos contra a doença. A partir disso, eles descobriram que os antígenos associados a tumores (TAAs) podem estar presentes no sangue do paciente, antes mesmo das células da doença se multiplicarem e formarem o câncer propriamente dito. O teste realizado na pesquisa para detectar câncer de mama com amostras de sangue A equipe coletou 180 amostras de sangue, sendo 90 com pacientes recém-diagnosticados com câncer de mama e os outros 90, de pacientes sem a doença, para servir como grupo de controle da pesquisa. Com a ajuda de uma tecnologia de triagem, a protein microarray, os pesquisadores conseguiram rastrear nas amostras de sangue, a presença de 40 TAAs associados ao câncer de mama. Assim, desenvolveram uma tabela para analisar se as amostras de sangue colhidas apresentavam os TAAs da doença. Os resultados apresentaram razoável precisão, apontando que em 37% das amostras de sangue colhidas dos pacientes com câncer de mama, existiam sim os TAAs da doença e em 79% das amostras coletadas do grupo de controle, confirmaram a ausência da patologia. Os próximos passos Com esses dados, as primeiras conclusões do estudo foram tidas como iniciais e que mais testes devem ser realizados, para se tornarem realmente conclusivos. E sendo efetivo, daqui, no máximo cinco anos, é possível que esse diagnóstico precoce por meio de amostras de sangue já esteja disponível em todas as clínicas do mundo. A equipe de pesquisadores de Nottingham estão confiantes e vão realizar uma segunda análise para testar amostras de sangue em 800 pacientes, para comprovar se o estudo é conclusivo ou não. Sendo assim, basta esperar os próximos resultados para ver se a revolução para diagnosticar o câncer de mama poderá ser realizado por meio de amostras de sangue. 

Fonte:  ONCOGUIA

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

USP Descobre Molécula que Reduz Tumor e Evita Metástase


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Pesquisadores da USP de Ribeirão Preto, em parceria com um laboratório norte-americano, conseguiram identificar uma molécula que reduz o tumor e evita metástase do câncer de ovário. A molécula de RNA, conhecida como MIR-450A, é capaz de reduzir o tamanho do tumor e impedir que ele se espalhe pelo organismo. O estudo foi realizado no Centro de Terapia Celular do Hemocentro da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto (SP), o mesmo que no começo do mês usou uma terapia genética e surpreendeu ao salvar um paciente terminal com câncer. Testes Testes in vitro e em camundongos apontaram que a molécula, quando superexpressa – em tamanho aumentado – tem efeito positivo para tratar o câncer de ovário. “Durante os estudos, a gente identificou que essa molécula, que é um RNA pequeno, um micro RNA, tem características de suprimir um tumor”, explica Wilson Araújo da Silva Júnior, professor do Departamento de Genética da Faculdade de Medicina da USP. Wilson Júnior afirma que a molécula MIR-450A, presente no corpo humano e que pode ser reproduzida em laboratório, é capaz de silenciar genes envolvidos na migração celular e no metabolismo do tumor. É isso que reduz o tamanho do tumor e bloqueia o processo de metástase. Como “Essa molécula está fazendo parte de uma revolução maior, que é a medicina genômica. Quer dizer, a gente só conseguiu identificar essa molécula, porque temos ferramentas de análises do genoma que antigamente não conseguiam investigar”, diz o pesquisador. Coordenador do Centro de Medicina Genômica do Hospital das Clínicas e pesquisador do Centro de Terapia Celular do Hemocentro, ambos da USP, Silva Júnior diz pesquisadores em todo o mundo estão identificando moléculas capazes de combater o câncer. Recentemente, cientistas da USP também descobriram, pela primeira vez, que a molécula chamada microRNA-367 pode reduzir a agressividade de tumores embrionários do sistema nervoso central, responsáveis por uma espécie de câncer mais comum em crianças. “A revolução já está ocorrendo. Se você olhar na literatura, vai ver que vários grupos estão identificando. O que a gente vai ter para combater o tumor é exatamente várias moléculas e várias descobertas atuando no combate ao câncer”, afirma. Medicamento Agora, os pesquisadores esperam desenvolver um medicamento utilizando a molécula MIR-450A para auxiliar no combate ao câncer de ovário, uma vez que essa doença, geralmente, só é identificada em estágio avançado. “É lógico que isso demora um tempo muito grande. Até chegar em um produto, isso pode levar 10 ou 20 anos, mas, o mais importante, é que conseguimos identificar moléculas que possam ser usadas como terapia, não só para o tumor, mas para outras doenças”, 

Fonte: G1

Cinco sinais precoces de câncer que você provavelmente desconhece


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Quando se fala no tratamento de câncer, conseguir um diagnóstico precoce e preciso pode fazer muita diferença. De acordo com um estudo britânico, mais de metade das pessoas ignora os ‘sinais de alarme’ do câncer por receio de fazer ‘perder o tempo’ dos médicos. Muitos também associam os primeiros sintomas de desenvolvimento de tumores ao simples envelhecimento. A pesquisa analisou 1,7 mil voluntários acima dos 50 anos e concluiu que mais de 50% dos participantes já apresentou em algum momento da sua vida pelo menos um dos sintomas apresentados, e que apenas 2% ponderou que poderiam estar associados a algum tipo de câncer. Mas então quais são os sintomas precoces que devem ser levados em conta? 1. Perda de peso inexplicável ou uma ferida que não cicatriza; 2. Tosse persistente ou rouquidão, nódulos, diarreia e prisão de ventre; 3. Sinais com formato irregular ou com arestas afiadas; 4. Sensação de nunca conseguir esvaziar por completo a bexiga, mesmo após ir ao banheiro; 5. Presença de sangue no vômito, nas fezes ou na urina e a ocorrência de hemorragias entre os períodos menstruais. 

Fonte: Destaques Psicologias do Brasil 

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Cirurgia de Reconstrução Mamária

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É a cirurgia plástica reparadora da mama, retirada, total ou parcialmente, em virtude do tratamento do câncer.

Quem tem direito à cirurgia de reconstrução mamária?

Todo paciente com câncer de mama que teve a mama retirada total ou parcialmente em decorrência do tratamento tem o direito de realizar cirurgia plástica reparadora. Por lei, tanto o Sistema Único de Saúde (SUS) como o plano de saúde são obrigados a realizar essa cirurgia.

Quando existirem condições técnicas e clínicas, a reconstrução mamária deverá ocorrer no mesmo ato cirúrgico de retirada da mama (mastectomia).

O que fazer para realizar a cirurgia de reconstrução mamária?

Pelo SUS, exija o agendamento da cirurgia de reconstrução mamária no local do tratamento. Sempre que possível a reconstrução deve ocorrer no mesmo tempo cirúrgico da cirurgia de retirada da mama para tratamento do câncer. Caso não esteja em tratamento, dirija-se a uma Unidade Básica de Saúde e solicite seu encaminhamento para uma unidade especializada em cirurgia de reconstrução mamária.

Pelo Plano de Saúde, converse com o médico responsável pela cirurgia de retirada da mama, que poderá auxiliá-la no contato com o cirurgião-plástico. Caso já tenha feito a cirurgia de retirada da mama, procure um cirurgião-plástico pertencente à sua rede credenciada.

Observações

Por razões clínicas ou técnicas, nem sempre é possível realizar a cirurgia de reconstrução mamária logo após a retirada da mama. Importante que o paciente converse com seu médico sobre o melhor momento para realizar esse procedimento.
Há decisões judiciais garantindo à paciente com câncer de mama o direito a corrigir eventual assimetria entre a mama afetada pelo câncer e a outra mama (saudável). Nesse caso, o paciente poderá realizar cirurgia plástica também na mama saudável a fim de manter a mesma proporção estética entre ambas as mamas.


Fonte: ONCOGUIA