terça-feira, 18 de novembro de 2014

Exercícios Funcionais Pós Mastectomia






Imagine passar por um ano de tratamento de câncer de mama, incluindo cirurgia, remoção de gânglios linfáticos, quimioterapia e radioterapia. O seu corpo sente-se como se estivesse estado em guerra, sob-bombardeamentos constantes. Terminada esta fase, está na hora de recomeçar a sua vida e iniciar uma dieta restrita e um programa de exercícios. Aí então, você descobre que está com linfedema.
O que é um Linfedema?

O linfedema é a retenção localizada de fluidos, provocada por um bloqueamento do sistema linfático. No caso de pacientes com câncer de mama, o linfedema causa inchaço nos tecidos moles do braço, mão, tronco e peito no lado da cirurgia. Mulheres que sofreram dissecação axilar ou radiação estão particularmente em risco.

Os sintomas incluem sensação de peso, dormência, fadiga e, algumas vezes, dor. As mulheres afetadas têm movimentos limitados dos braços e diminuição da força muscular, causando restrições nas suas atividades. O braço mais duro à medida que o linfedema piora.

O linfedema pode desenvolver-se meses ou anos após o tratamento de câncer, podendo ser provocado por uma infecção, movimentos repetitivos, viagens de avião, picadas de insetos, massagens vigorosas ou obesidade. Obviamente que prevenir um linfedema ou detectá-lo precocemente é melhor do que tratá-lo em estado avançado.

O Papel do Exercício Físico

Como é que o exercício pode fazer a diferença? Ao contrário do sistema circulatório, o sistema linfático não possui um bombeamento central; ele é estimulado pelas mudanças de pressão das contrações musculares ou da respiração profunda. A respiração profunda melhora o bombeamento no ducto torácico; as contrações musculares realizadas em uma sequência específica (geralmente a partir das extremidades em direção ao tronco) pode aumentar o retorno linfático. Além disso, podem ser feitos exercícios para alongar os músculos peitorais maiores e trapézio, e fortalecer os músculos do ombro. Exercícios que enfatizam a respiração profunda e flexibilidade tais como a Yoga e o Pilates, podem ser particularmente benéficos.

Aquecimento

Aquecimento adequado prepara o corpo para o exercício e abre os canais linfáticos. O aquecimento pode incluir:
Respiração profunda.
Rotações do pescoço.
Protração e retração dos ombros (levar os ombros para frente e para trás).
Rotação desenhando círculos com os ombros
Exercício Cardiovascular

É recomendado 20 a 30 minutos de exercício aeróbico, como caminhada ou natação, de 3 a 5 vezes por semana.

Treino de Força

O treino de força na área afetada tem sido um assunto controverso. Tente fazer os exercícios com calma e siga as instruções abaixo:

Sempre inicie com aquecimento antes de começar o treino de força no braço afetado.
Observe a resposta ao exercício. Fique atenta a qualquer inchaço na área, o qual poderá indicar que a carga ou o número de repetições está muito alto, ajustando então o programa de acordo com essa resposta.
Use uma luva de compressão (geralmente prescrita pelo fisioterapeuta).
Concentre-se nos músculos dos ombros e das costas, incluindo o deltóide, serrátil anterior, trapézio, rombóides e os músculos estabilizadores do ombro, chamados de manguito rotador, para otimizar o fortalecimento do ombro e promover vias alternativas de drenagem linfática.
Trabalhe a região abdominal para facilitar o retorno do fluxo linfático ao ducto torácico.
Para dar um descanso ao braço afetado, alterne os braços; alterne também exercícios para o tronco superior e inferior ou treine em circuito, incluindo tanto o treino cardiovascular como o treino de força.
Planeje um programa para 2 a 3 vezes na semana. Comece devagar e vá progredindo gradualmente (ex. 1 série com carga de 1 kg no primeiro dia; 2 ou 3 séries com 1kg nos segundo e terceiro dias). Ao aumentar a carga, reduza o número de séries.
Proceda da maneira usual para treinar o braço não afetado, tronco, abdominais e pernas, a não ser que a reconstrução da mama tenha sido feita utilizando o músculo reto do abdomem. Neste caso, consulte o seu médico antes de começar qualquer exercício abdominal.
Inclua exercícios de Pilates, os quais enfatizam a postura e respiração enquanto trabalham a região abdominal.
Flexibilidade

Exercícios de alongamento para os ombros, região axilar, região do músculo peitoral e grande dorsal podem ajudar a alongar o tecido cicatricial e diminuir o endurecimento axilar e a compressão do desfiladeiro torácico, aumentando o fluxo linfático. Como o tecido cicatricial continua a se formar durante 1 a 2 anos, os alongamentos devem ser feitos várias vezes ao dia, pelo menos durante um ano após a cirurgia e, preferencialmente, deve tornar-se um hábito de vida.

Minimize os Problemas enquanto Maximiza os Ganhos

O seu programa de exercícios deve ser baseado no seu historial médico, preferências e nível de atividade. A progressão no exercício deve ser feita devagar e com segurança, e sempre com o objetivo de recuperar a forma física, função e resistência.

Tipos de Exercício de Flexibilidade

Os alongamentos devem ser feitos devagar. Deve-se expirar durante a fase de esforço e manter a posição por 10 segundos, no início, aumentando gradualmente para 30 segundos após algumas repetições. Estes exercícios devem ser feitos de 5 a 10 vezes seguidas, várias vezes durante o dia.

Elevação do Ombro

Equipamento: bola ou bastão pequeno e leve.

Deite-se de costas com os joelhos dobrados, pés e costas apoiadas firmemente no chão.
Segure a bola com ambas as mãos e inspire. Expire e lentamente erga a bola acima da cabeça, mantendo os cotovelos estendidos.
Mantenha a posição até sentir desconforto, mas não dor. Respire profundamente enquanto segura a bola na altura máxima. Vá gradualmente alongando o braço afetado.

Alongamento com Bola

Equipamento: bola terapêutica.

Ajoelhe-se, com os quadris sobre os calcanhares, pernas apoiadas contra o chão e com o peso do corpo nos pés.
Coloque as mãos em cima da bola, mantendo os cotovelos estendidos e abdominais contraídos.
Lentamente role a bola para frente, com ambas as mãos para o mais longe possível, e mantenha a posição, sentindo o alongamento.
Role a bola o mais longe possível para a direita e mantenha a posição.

Role a bola o mais longe possível para a esquerda e mantenha a posição.

Fonte:  ONCOGUIA



Estudo sugere que exame de urina pode detectar HPV



Atualmente, vírus é diagnosticado pelo papanicolau, um exame mais invasivo que é recomendado para prevenir o câncer de colo do útero

HPV: Exame de urina pode ser alternativa ao papanicolau para diagnosticar vírus (SPL/SPL RF/Latinstock/VEJA)
Um simples exame de urina pode ser uma alternativa não invasiva e mais barata para diagnosticar a presença do vírus do papiloma humano (HPV), que em alguns casos pode levar o câncer de colo do útero, segundo as conclusões de uma nova pesquisa.
CONHEÇA A PESQUISA



Onde foi divulgada: The British Medical Journal
Quem fez: Neha Pathak, Julie Dodds, Javier Zamora e Khalid Khan

Instituição: The London School of Medicine and dentistry, Queen Mary University of London

Resultado: O exame de urina pode ser alternativa mais barata e menos invasiva para detectar HPV em mulheres.

Atualmente, os médicos recomendam o papanicolau para prevenir e diagnosticar esse tipo de câncer. Parte do exame consiste em coletar células do colo do útero e procurar pelo DNA dos diferentes tipos do vírus HPV, incluindo aqueles associados a um maior risco da doença.
Conclusões — O novo estudo, realizado na Queen Mary University of London, na Grã-Bretanha, analisou outras 14 pesquisas feitas com cerca de 1 500 mulheres que sugeriram a possibilidade de um exame de urina ser usado para detectar o HPV. Os autores concluíram que o teste, que ainda não está disponível para uso clínico, é eficaz em diagnosticar o vírus em 87% dos casos e em acertar o diagnóstico negativo 97% das vezes.
Apesar disso, estudo indicou que o papanicolau continua sendo mais eficaz do que o teste de urina. Por exemplo, a capacidade de o exame de urina detectar os tipos 16 e 18 do HPV, que são os mais associados ao câncer de colo do útero, é 27% menor do que a do papanicolau.
Leia também:


"A detecção dos HPV na urina é um método não invasivo, de fácil acesso e mais aceitável para as mulheres", escreveram os autores no artigo. Segundo eles, essa abordagem pode favorecer pacientes que, por algum motivo, são reticentes em realizar o papanicolau. Além disso, por ser mais barato, o teste é uma alternativa mais viável para diagnosticar o vírus em países mais pobres e com carências em suas infraestruturas de saúde.

Fonte:  A pesquisa foi publicada nesta terça-feira no site do periódico The British Medical Journal.  




quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Efeitos Colaterais do Tratamento do Câncer a Longo Prazo




Um efeito tardio é um efeito colateral que ocorre meses ou anos após o término do tratamento. Muitos pacientes que receberam tratamento para o câncer têm um eventual risco de desenvolver efeitos tardios. O tratamento dos efeitos a longo prazo é uma parte importante dos cuidados do acompanhamento após o tratamento.

Tipos de Colaterais a Longo Prazo

Os principais efeitos tardios causados pelo tratamento do câncer são:

Problemas Cirúrgicos

Diferentes procedimentos cirúrgicos podem causar efeitos tardios, por exemplo:
Pacientes de linfoma de Hodgkin, especialmente aqueles diagnosticados antes de 1988, muitas vezes tinham seus baços ressecados e têm um maior risco de infecções graves.
Pacientes com tumores ósseos e de partes moles podem ter sequelas físicas e psicológicas por perder todo ou parte de um membro, como sensação de dor no membro que foi removido.
Pacientes que fizeram a cirurgia para retirada de linfonodos ou radioterapia para os gânglios linfáticos podem desenvolver linfedema, que causa inchaço e dor.
Homens que tiveram os gânglios linfáticos próximos do rim, bexiga, testículos ou reto, removidos podem ter um risco aumentado de infertilidade.

Problemas Cardíacos

Estes são mais frequentemente causados pela radioterapia na região torácica ou pela quimioterapia, especialmente se forem administrados os medicamentos quimioterápicos doxorrubicina e ciclofosfamida. Pacientes com mais de 65 anos e aqueles que receberam doses mais elevadas de quimioterapia têm um maior risco de desenvolver problemas cardíacos que podem incluir inflamação do músculo cardíaco, insuficiência cardíaca congestiva ou doença cardíaca.

Converse com seu médico sobre o que está sendo avaliado regularmente no que se refere à parte cardiológica,  já que você não pode apresentar quaisquer sinais ou sintomas. Os exames de rotina para detectar danos ao coração incluem exame físico, eletrocardiograma e ecocardiografia. Todos os pacientes que tiveram câncer, especialmente aqueles que fizeram tratamento para linfoma de Hodgkin na infância, devem informar a seus médicos se sentirem dor no peito, porque isso pode ser um sinal de um problema cardíaco.

Problemas Pulmonares

A quimioterapia e a radioterapia podem causar danos aos pulmões. Pacientes que receberam quimioterapia e radioterapia (por exemplo, um paciente que recebeu os dois tratamentos para o transplante de células tronco) podem ter risco maior de lesão pulmonar. Alguns dos medicamentos que são mais propensos a causar danos nos pulmões incluem a bleomicina, carmustina, prednisona, dexametasona e metotrexato. Os efeitos tardios podem incluir:
Alteração na função pulmonar.
Espessamento da mucosa dos pulmões.
Inflamação dos pulmões.
Dificuldade na respiração.

Pacientes com histórico de doença pulmonar e idosos podem ter problemas pulmonares adicionais.

Problemas no Sistema Endócrino

Para as mulheres, a quimioterapia e a radioterapia podem danificar os ovários, provocando ondas de calor, problemas sexuais, osteoporose e menopausa precoce.

Homens e mulheres que fazem radioterapia na região da cabeça e pescoço podem ter níveis mais baixos de hormônios ou alterações da glândula tireoide, e ambos terem um risco aumentado de infertilidade devido ao tratamento do câncer.

O seu médico pode solicitar exames de sangue para verificar seus níveis hormonais, e estes devem ser feitos regularmente para ex-pacientes de câncer que têm um risco de alterações hormonais devido ao tratamento. Às vezes, medicamentos ajudam a que os níveis de hormônios voltem ao normal.

Problemas Ósseos, Articulações e Tecidos Moles

Ex-pacientes de câncer que receberam quimioterapia, medicamentos esteroides ou terapia hormonal e que não são fisicamente ativos podem desenvolver osteoporose ou dor nas articulações.

Você pode diminuir o risco de osteoporose não fumando, mantendo uma dieta rica em alimentos ricos em cálcio e vitamina D, praticando atividade física regularmente e limitando a quantidade de álcool ingerida.

Problemas com Nervos, Medula Óssea e Cérebro

A quimioterapia e a radioterapia podem causar efeitos colaterais no cérebro, medula espinhal e nervos a longo prazo. Estes efeitos tardios podem incluir:
Perda de audição devido as altas doses de quimioterapia, especialmente com cisplatina.
Risco de AVC, para aqueles que receberam altas doses de radioterapia no tratamento de tumores cerebrais.
Efeitos colaterais sobre o sistema nervoso, como neuropatia periférica.

Check ups regulares, exames de audição e raios X devem ser realizados após o término do tratamento para verificar esses efeitos tardios.

Dificuldade de Aprendizagem, Memória e Concentração

Quimioterapia e altas doses de radioterapia na cabeça podem causar problemas de concentração, memória e de aprendizagem, tanto para crianças, como para adultos.

Ex-pacientes que sofrem de algum desses problemas devem conversar com seu médico.

Problemas de Visão e Dentário

Os ex-pacientes de câncer devem fazer visitas regulares com dentista e oftalmologista. Dependendo do tipo de tratamento realizado esses pacientes podem apresentar problemas como:
A quimioterapia pode afetar o esmalte dos dentes e aumentar o risco de problemas dentários a longo prazo.
Altas doses de radioterapia administrada na região da cabeça e pescoço pode alterar o desenvolvimento dos dentes, causar doenças da gengiva e diminuir a produção de saliva, provocando boca seca.
Medicamentos esteroides podem aumentar o risco de problemas oculares, como catarata.
Quimioterapia, radioterapia e cirurgia podem afetar a forma como uma pessoa digere seu alimento. A cirurgia e/ou radioterapia na região abdominal pode provocar dor crônica no tecido cicatricial e problemas intestinais que afetam a digestão. Enfim, alguns pacientes podem ter diarreia crônica, que reduz a capacidade do seu organismo de absorver nutrientes.
Um nutricionista pode ajudar os pacientes que não estão recebendo nutrientes suficientes ou estão abaixo do peso por causa da má digestão.

Dificuldades Emocionais

Ex-pacientes de câncer muitas vezes experimentam uma variedade de emoções positivas e negativas, incluindo alívio, um sentimento de gratidão por estar vivo, medo da recidiva, raiva, culpa, depressão, ansiedade e isolamento.

Os ex-pacientes e cuidadores, familiares e amigos também podem apresentar episódios de estresse pós-traumático. A experiência pós-tratamento de cada pessoa é diferente. Por exemplo, alguns pacientes lutam com os efeitos emocionais do câncer, enquanto outros dizem que eles têm agora uma nova perspectiva de vida devido à doença.  Em caso de necessidade procure um psicólogo ou um pisco-oncologista para diagnóstico e tratamento efetivos do problema.

Cânceres Secundários

Um câncer secundário é um tipo diferente de câncer que surge após o diagnóstico inicial de câncer. Os ex-pacientes de câncer têm um risco aumentado de desenvolver um novo câncer. A quimioterapia e a radioterapia podem danificar as células estaminais da medula óssea e aumentar a possibilidade de qualquer mielodisplasia ou leucemia aguda. Converse com seu médico sobre como reduzir o risco de um câncer secundário e como estar atento a quaisquer sinais ou sintomas.

Fadiga

A fadiga é o efeito colateral mais comum do tratamento de câncer, e que muitas vezes persiste após o término do tratamento. A fadiga pode ser causada pelos efeitos colaterais de tratamento ou pode não ter nenhuma causa conhecida.

Perguntas para seu Médico

Quando estiver finalizando o tratamento, converse o máximo possível com seu médico sobre os potenciais efeitos a longo prazo de seu tratamento.

Fonte:  ONCOGUIA



terça-feira, 24 de junho de 2014

Tumores da Coluna Vertebral após Câncer de Mama





Câncer de mama afetou cerca de 2,5 milhões mulheres nos Estados Unidos a partir de 1 de janeiro de 2006, as estatísticas mais recentes disponíveis de acordo com o National Cancer Institute. Às vezes, o câncer não fica no peito mas metastatiza para a coluna vertebral, onde resulta em crescimentos anormais ao longo da espinha. Cinco por cento dos pacientes com câncer, mais comumente, aqueles com mama, próstata e câncer de mieloma múltiplo, tem seu câncer metástase na coluna. Às vezes na coluna tumores podem pressionar ou deslocar a medula espinhal adjacente, se eles são grandes, de acordo com o estado de Ohio University Comprehensive Cancer Center, Hospital do câncer de James e Solove Research Institute. Sessenta por cento dos tumores da coluna vertebral ocorrem nas vértebras da região torácica, enquanto 20% ocorrem na região cervical e 20 por cento na região lombar, de acordo com o Instituto americano do câncer de cérebro. 20 A 25 por cento dos pacientes de câncer de mama pode ver o câncer metástases para o SNC. Aqueles podem ocorrer como tumores cerebrais, tumores da coluna vertebral ou metástases fluidos espinhais e estão geralmente associados uma acumulação anormal de fluido, ou edema.

Sintomas

A dor é apreciado em mais de 80 por cento dos tumores da coluna vertebral. A dor pode piorar apesar do tratamento e ser acompanhada de fadiga ou peso perda. Pode ser pior à noite e não relacionadas à atividade física. Dor pode atropelar as pernas ou o doente pode perder o controle do intestino ou da bexiga. Fraqueza muscular e perda de sensibilidade são outros sinais. Caroços, inchaços e toupeiras em qualquer lugar no corpo podem ser outras pistas, de acordo com Back.com.

Uma onça da prevenção

Às vezes câncer pode ser evitado por não fumar, manter uma dieta saudável rica em frutas e legumes e pobre em carnes vermelhas e processadas, fazer exercícios regularmente, evitando a exposição a produtos químicos e radiação e limitar a exposição ao sol, mas há pouco uma pessoa pode fazer sobre uma história familiar de câncer de mama ou ovários.

Diagnóstico

Tomografia computadorizada ou ressonância magnética (MRI) varreduras com realce de contraste, raio-x e exames de líquor, amostras de sangue, urina e fezes são usadas para diagnosticar Estes cancros da coluna vertebral, segundo a associação americana de Tumor cerebral. Fluido espinhal é obtido através de uma punção lombar.

Tratamento

O médico tem como base recomendações para tratamento na localização do tumor e se as células cancerosas invadiram o fluido espinal, segundo a associação americana de Tumor cerebral.

O tratamento usual é a radiação seguida de quimioterapia, e às vezes os médicos recomendam a cirurgia, de acordo com a associação, acrescentando que a terapia hormonal pode ajudar para câncer de mama e próstata.

Fonte:  ONCOGUIA



Mudança na Vida Sexual quando se faz Quimioterapia e Radioterapia







Um dos problemas mais importantes na vida das pacientes de câncer de mama é, provavelmente, a mudança na vida sexual. Você pode não perceber exatamente o que mudou, ou o por quê de ter mudado, mas com certeza percebeu que alguma coisa está diferente.

Muitas mulheres dizem que diminuíram sua atividade sexual depois do diagnóstico, por várias razões:

O câncer de mama desacelera o ritmo das mulheres.
O sexo pode ser desconfortável, ou mesmo doloroso, se você entrar na menopausa subitamente, como consequência da quimioterapia. Muitas mulheres mencionam que quase não fizeram sexo durante o período entre o diagnóstico e o fim do tratamento.
Ajuda de um Profissional

Nem todos os médicos e enfermeiros ficam a vontade para discutir questões sexuais. A maioria dos médicos não costuma perguntar sobre sua vida sexual e os pacientes não costumam discutir sua vida amorosa com um médico que não tenha aberto o diálogo para isso.

Em todo caso um psicólogo ou psiquiatra pode ajudá-la a iniciar a comunicação com seu parceiro e conversar sobre sua intimidade e as questões sexuais.

Um grupo de apoio pode ser mais útil do que você imagina. As mulheres que participam destes grupos muitas vezes compartilham experiências e conselhos, incluindo formas de aumentar o prazer sexual especificamente para àquelas que tiveram câncer de mama ou que já se encontram na menopausa devido ao tratamento.

Satisfazendo as Necessidades de outras Formas

A maioria dos casamentos enfrentam problemas, que muitas vezes são deixados de lado. Uma relação a dois deve ser administrada diariamente e, as coisas boas devem superam as ruins. Mas, às vezes, você pode achar que o câncer de mama evidenciou os problemas em seu casamento. Neste momento você deve se perguntar: "Posso viver com esses problemas?” Pense seriamente nas suas necessidades e como satisfazê-las.

Outras formas para atender às suas necessidades:

Leia mais. A fantasia pode enriquecer a sua vida.
Saia mais com seus amigos. Faça caminhadas no parque, compras ou simplesmente viaje com eles.
Comemore aniversários e datas importantes.
Dedique-se a atividades comunitárias.

Fonte:  ONCOGUIA


quinta-feira, 8 de maio de 2014

Dicas importantes para quem está fazendo quimioterapia e radioterapia e necessita aumentar a imunidade





Tenho passado pelo processo de quimioterapia e como é sabido, uma das coisas mais comuns nesse tratamento é a imunidade baixar a cada sessão e a anemia crescer.
Uma vez, o pediatra do meu filho disse  que o melhor remédio para qualquer doença é uma boa alimentação e hoje estou vendo isso no meu próprio caso.
Tenho uma nutricionista, que me acompanha há 3 anos e sempre dá dicas valiosas a mim, infelizmente nem todas estou conseguindo seguir, como por exemplo a carne vermelha.  Sempre adorei comer carne vermelha, um filé mignon era tudo de bom no meu prato e agora, que estou precisando comer a tal carne vermelha, porque não há alimento mais poderoso para combater a minha anemia, que está violenta, do que carne vermelha.  Nem feijão, nem as folhas, nada disso substitui a carne vermelha para o combate da anemia.  O valor nutricional é muito maior em ferro do que qualquer outra carne, grãos ou vegetal.   E aí o que aconteceu? Não estou suportando ver e nem sentir o cheiro de carne vermelha, pode? Na quimioterapia vermelha, a que agride mais o aparelho digestivo, passei comendo arroz papa com cenoura ralada bem cozida e peito de frango cozido, era o que parava no meu estômago e intestino, além da banana e maçã e leite sem lactose.  Comia o shitake, que ela pediu que comesse todos os dias (estou dando um tempo porque também enjoei), para aumentar a imunidade também, além da geléia real em jejum, isso eu consegui fazer e também tomar um  yakult antes de dormir. Todas essas dicas eu venho cumprindo mas a carne vermelha...nem pensar.  
Agora, estou na quimio branca, os sucos dependem de como está o aparelho digestivo, aí eu vario nas folhas e dois tipos de frutas, como recomendou a nutricionista. Essa agride menos o aparelho digestivo, mas em compensação acabou com meu aparelho respiratório, até asma eu adquiri nesse processo da branca.  É mais violenta do que a vermelha, pq a vermelha era feita de 21 em 21 dias e dava tempo de recuperar para a próxima quimio.  Agora meus amigos, a branca é uma vez por semana, ela não dá tempo para nada e ainda tivemos que aumentar a dosagem do corticóide, por conta das muitas alergias que fui adquirindo a cada sessão da mesma e com isso, a imunidade baixou e a anemia aumentou, mas graças às dicas nutricionais da minha nutricionista e de uma vitamina que acho, sem ela eu teria adiado algumas sessões, não precisei até o momento perder nenhuma sessão do tratamento e se Deus quiser, brevemente terminaremos a quimio e partiremos para a radio e a hormonioterapia.
Então é isso, o segredo é uma boa alimentação, adequada para o seu tratamento, todos os dias se possível usar a geléia real em jejum, comer shitake todos os dias, se der comer carne vermelha todos os dias e tomar o yakult antes de dormir, para refazer a flora intestinal. 
A vitamina, que no meu caso está sendo fundamental, é o VITERGAN ZINCO PLUS.  Essa vitamina é anti-oxidante e a indicação é para aumentar a imunidade.  Serve para todos que estão fazendo quimioterapia, mas se tiverem dúvida, consultem seus médicos.  Desde que me foi indicado o VITERGAN, venho usando todos os dias e até agora, mesmo com a imunidade baixa, estou conseguindo levar o tratamento sem precisar adiar qualquer sessão da quimio.  
Na Radioterapia, o processo é o mesmo, há que se ter imunidade suficiente para as sessões, pois a radio exige muito mais do que a quimio fisicamente.
E por falar em Radioterapia, vou deixar aqui uma super dica caso vocês tenham alguém na família, amigos ou mesmo vocês, que vão começar o tratamento.  A radio seca a pele, ela seca por dentro as células cancerígenas e vai secando o que vier pela frente, então, no local e perto da área a ser tratada na rádio, é importante que se faça uma hidratação diária para que fiquemos mais protegidos das dolorosas queimaduras e aí é que entra a dica: se você tiver um amigo, ou for viajar à França, ou tiver como importar pela internet, vale a pena adquirir um creme medicinal, que é feito na França, não sei se na União Européia vende o produto, eu graças a Deus consegui que uma amiga comprasse para mim e estou com ele aqui para quando chegar o momento, na França custa apenas 7euros, acho que se importar, ficará bem mais caro.  Esse creme é justamente para a radioterapia, está especificado na bula que é indicado para as queimaduras da radio.
O nome do creme medicinal é BIAFINE emulsion (trolamine) e deve ser usado 10 dias antes da radio e seguir usando no tratamento também. 
Tanto para homens e mulheres que estejam por fazer a radio, o creme é indicado. 
Bom, aqui ficam as minhas dicas e espero que sejam úteis para quem necessitar.

Helena Estephá


terça-feira, 15 de abril de 2014

Estudo dos EUA apresenta novo tratamento contra câncer de mama





Um tratamento experimental de um laboratório americano atrasou a evolução de um câncer de mama avançado, indicou um ensaio clínico publicado no fim de semana nos Estados Unidos.
Um novo agente, o palbociclib, administrado com outro medicamento contra o câncer já à venda, o Femara (Letrozol), conteve a evolução de um tumor durante uma média de 20 meses. No grupo de pacientes tratados somente com Femara, foram apenas dez meses.
A pesquisa foi apresentanda no domingo, em um congresso da Associação Americana de Pesquisa sobre a Câncer, reunida em San Diego, na Califórnia. Ao todo, 165 mulheres participaram do estudo.
"Esses dados demonstram que o palbociclib pode resultar em um avanço importante no tratamento de mulheres com esse tipo de câncer agressivo", anunciou em um comunicado Mace Rothenberg, encarregada de pesquisas clínicas da Pfizer, responsável pelo estudo.
O novo tratamento atua contra algumas proteínas, chamadas CDK 4 e 6, e pode ajudar cerca de 80% das mulheres com câncer de mama hormonosensível, o tipo mais comum, segundo o estudo. Essas proteínas (cinases dependentes de ciclinas) contribuem para a divisão de células cancerígenas e impulsionam o crescimento do tumor.
Comparado com o tratamento tradicional, o ganho de sobrevida geral foi de 4,2 meses (12%), alcançando 37,5 meses em pacientes tratados com palbociclib, e 33,3 meses no grupo de controle.
Essa diferença não foi considerada estatisticamente significativa. Mas, segundo a empresa, ainda é cedo para obter números que reflitam os efeitos desse tratamento na expectativa de vida.

A Pfizer esperar obter o aval da agência americana reguladora de medicamentos e alimentos (FDA, na sigla em inglês). O palbociclib é também objeto de uma pesquisa para tratar outros cânceres avançados, como o tumor nos tecidos conjuntivos. Se o remédio for aprovado, as vendas poderiam alcançar US$ 3,1 bilhões até 2020, segundo estimativas.

Fonte:  Bem Estar


Sua Identidade - Como você se vê?






É exatamente isso que está acontecendo amigos, por favor compreendam que não é falta de fé e nem do carinho e amizade de vcs, é uma doença que atinge nossa capacidade cognitiva, que muda totalmente nossa aparência física e emocional e eu não sou a fortaleza que gostaria de ser. Não tenho controle sobre a depressão, o que posso fazer estou fazendo, que é me tratar. O resto, só o tempo e os medicamentos se incumbirão de levar tudo que está ruim e trazer tudo que me foi tirado. Como diz a matéria, "o câncer, pelas mudanças emocionais e físicas que provoca, pode, muitas vezes, interferir na forma como o paciente percebe a si mesmo."


A sua identidade é uma combinação de como você se vê, como imagina que os outros o veem e sua experiência de vida. Antes do diagnóstico do câncer, você nunca parou para pensar que sua identidade está baseada em todos esses elementos, você apenas se permitia ser.

Pense sobre as palavras que você usa para se descrever. Talvez você pense em si mesmo como, por exemplo, um pai ou mãe, um chefe ou colega de trabalho, etc. Você é enérgico ou muito social. Ou talvez reservado e tranquilo. Algumas outras formas de ser são menos óbvias, porque simplesmente não pensamos nelas, como ser saudável ou independente. O câncer muda a forma que você acredita ser.

A Nova Identidade

De muitas maneiras, você é o criador de sua própria identidade. Após o diagnóstico você ouvirá as pessoas dizerem, se referindo a você, palavras, como "paciente com câncer" e talvez até "vítima do câncer”. Você também ouvirá as pessoas dizerem "sobrevivente do câncer" ou "guerreiro". O modo como você se vê e se sente pode influenciar a forma como os outros o veem. Você pode se sentir intimidado  com a doença, do quanto ela toma conta dos seus pensamentos e de sua autoestima. Você lutará para afirmar sua identidade para si mesmo, ao invés de permitir que a doença faça isso por você. Ler livros sobre o tema ou ainda participar de um grupo de apoio irá ajudá-lo a encontrar palavras e maneiras de pensar sobre si mesmo e o que é melhor para você.

Alterações Físicas e Identidade

Nossa sociedade é muito sensível às aparências, todo mundo é consciente sobre sua própria aparência. As pessoas tendem a assumir que uma aparência normal indica saúde e boa personalidade, estigmatizando as pessoas diferentes. Cicatrizes e sequelas podem alterar a percepção e inclusive a identidade de si mesmo.


O primeiro passo é considerar como você se vê, como é difícil se olhar no espelho, observar e aceitar as mudanças que o tratamento do câncer causaram em seu corpo. Lembre-se, ler ou compartilhar com outros pacientes seus desafios pessoais pode ser extremamente importante para seu aprendizado e aceitação do quanto a sua vida mudou e qual a melhor forma para se ajustar às essas mudanças. Isso ajuda a se concentrar no que realmente é importante para você, seus familiares e amigos. Engajar-se com outros pacientes durante o processo de lidar com as sequelas, ajuda tanto a você como a eles a tirar o melhor proveito de todas as situações.

Fonte:  ONCOGUIA


quinta-feira, 10 de abril de 2014

Quimioterapia e os efeitos colaterais




Porque podem ocorrer efeitos colaterais com a quimioterapia?

Como a quimioterapia é um tratamento destinado a eliminar células de rápido crescimento, ela também acaba afetando células saudáveis. Entre essas células, estão aquelas responsáveis pelas ações no trato digestivo, no sangue e as células que fazem o cabelo crescer. Como reação, a quimioterapia pode acabar gerando queda de cabelo, ferida nas bocas, perda de cabelo, náusea, dores e vomito.

Como são os efeitos colaterais da quimioterapia?

Quem realiza a quimioterapia pode passar por muitos efeitos colaterais, alguns ou nenhum – tudo depende da quantidade de quimioterápicos e como seu corpo reage ao tratamento. Antes de você começar a quimioterapia, converse com sua equipe médica sobre esses efeitos colaterais.

Os efeitos colaterais também costumam a durar de acordo com o tipo de quimioterapia que você recebe. Muitos efeitos colaterais acabam junto com o ciclo da quimioterapia, mas em alguns casos, podem levar meses ou até anos, para encerrar.

Alguns tipos de quimioterapias podem causar efeitos colaterais permanentes a seu corpo, podendo causar problemas ao seu coração, ao fígado, pulmões, nervos e até os órgãos reprodutivos. Alguns tipos de quimioterapia podem até gerar algum segundo tipo de câncer, anos depois. Sempre pergunte ao seu médico qual a chance de ter um efeito colateral como esse.

O que é possível fazer em relação a esses efeitos colaterais?

Há uma série de formas de prevenir ou ajudar a tratar os efeitos da quimioterapia após cada sessão. Sempre converse com seu médico ou enfermeira para saber quais efeitos esperar, o que fazer e mantenha sempre a equipe médica informada. Nós montamos um guia especial para que você possa saber como você pode lidar com os efeitos colaterais da quimioterapia:


Anemia

Constipação

Diarréia

Dor

Fadiga

Infecção

Infertilidade

Mudanças de Apetite/ Hábitos alimentares

Mudanças na Boca e Garganta

Mudança na pele e nas unhas

Mudanças no Sistema Nervoso Central

Mudanças no Sistemas Urinário

Mudanças Sexuais

Perda de Cabelo

Sangramento

Náusea e Vômito


Fonte:  Hospital do Câncer de Barretos


sexta-feira, 4 de abril de 2014

A História do Alex





A História do Alex 

Vou tentar contar a história que presenciei em parte, da rotina do Alex, um anjo que conheci na quimioterapia desta semana.

Como lhes falei anteriormente, estou fazendo a quimioterapia semanal e por conta de ir e vir no mesmo dia (não estou aguentando o calor em Niterói), meu horário mudou para mais cedo, embora nesta semana eu tenha ido um dia antes para a consulta quinzenal com oncologista e psiquiatra. 
De alguma forma, isso me proporcionou conhecer outras pessoas lá, porque tendo o nosso horário certo, sempre encontramos as mesmas pessoas quando fazemos semanalmente. Então, graças ao meu pedido para adiantar o horário, tive o prazer de conhecer o Alex, um rapaz lindo física e espiritualmente, acho que no máximo tem uns 32 anos.

Deus quando quer falar comigo, Ele me faz umas coisas assim e depois me deixa pensar sobre tudo.  Dessa vez  eu estava desanimada, muito inchada com os corticóides e com o calor, autoestima lá embaixo e com horror de me olhar no espelho.  Claro que é passageiro, que meus cabelos voltarão, que minha sobrancelha voltará, que voltarei ao meu peso quando terminar o tratamento, que farei a cirurgia reparadora no seio, que meus cílios renascerão...e que eu tenho uma peruca pra levar enquanto isso, que posso fazer uma hena na sobrancelha e usar cílios postiços, etc.  TUDO É PASSAGEIRO! Mas amigos, por mais que se saiba, por mais que nós tenhamos clareza que faz parte de um tratamento para se alcançar um propósito maior que é a cura de um câncer, a vaidade feminina despenca quando os cabelos caem e vc se vê outra pessoa diante do espelho e aí não tem fé que não se abale, afinal somos humanos e temos nossas fragilidades como tais.
E foi aí, nesse estado de espírito, pensando que amanhã comemoraremos o primeiro aninho do meu neto, pensando que estarei horrível nas fotos (SOU MULHER), que se não estiver melhor das alergias respiratórias terei que estar de máscara, com esse espírito pra baixo, entrei na sala de quimio e me deparei com um rapaz, que providencialmente estava sentado ao lado da poltrona que eu iria me sentar. 
Sempre que chego lá, encontro pessoas mais ou menos da minha idade, com as mesmas características que todo paciente em quimioterapia fica, amarelo, olhos fundos com enormes olheiras, sem cabelo, etc.  Dessa vez, havia um rapaz, que ainda conserva seus músculos tonificados (não sei como), alto, que por não fazer a quimio vermelha mantém seu cabelo normal... mas com um olhar tão triste, que me deixou duas noites pedindo a Deus por ele e tardando mais a dormir, pensando em sua história.
O Alex, meus amigos, está simplesmente há 11 anos fazendo quimioterapia e lutando para viver.  Quando entrou na adolescência, apareceu seu primeiro câncer - INTESTINO - daí passou por uma cirurgia e teve uma infecção generalizada e os médicos disseram aos seus pais que ele teria no máximo três dias de vida.   O então adolescente, começou sua luta contra a sentença de morte e ganhou a primeira batalha.  Depois vieram os tratamentos e quando se recuperava... veio o segundo câncer - RIM - e teve que retirar o rim e recomeçar os tratamentos. E os anos passando, sua juventude vivida entre uma quimio e outra, entre uma cirurgia e outra.  Agora, ele está com outro câncer - PULMÃO - e segundo me informou, algumas metástases pelo corpo.
Então, começamos a conversar e eu disse que ainda choro muito às vezes e que não estou conseguindo me olhar no espelho, apesar da minha fé e de achar que vou me curar, que fico impaciente com os efeitos colaterais e que de vez em quando eu desabo.  Com uma doçura no olhar, ele me falou que sempre chora, chora a vida que ele não teve, os esportes que gostaria de praticar e não tem forças e pelos filhos que nunca terá pois a quimioterapia e a radio o deixaram estéril.  Falou que faz bem chorar, que ele que vive esse drama há onze anos ainda chora, imagina quem está apenas começando o longo caminho da cura... mas, apesar do choro, ele falou que todo dia quando acorda e vê que está vivo, agradece, agradece por ter mais um dia com sua família, agradece por chegar na janela e ver a vida lá fora.  Porque como ele me contou, cada dia é um desafio, quando deita à noite, não sabe se amanhecerá e sua maior alegria é essa, saber que ganhou mais um dia... E assim se vão os tortuosos onze anos do Alex, viver um dia de cada vez, sem planos, sem nenhum projeto, mas imensamente agradecido por cada dia que está recebendo, afinal ele teria no máximo três dias de vida e lá se vão onze.  Como ele falou: "estou no lucro, não posso reclamar!"
Conversamos muito, eu buscando forças nele e ele passando sua sabedoria e superação para mim.   E me falava algo que eu já venho falando aqui, que ele não suporta ver jovens se acabando nas drogas, no álcool, no cigarro... que se as pessoas soubessem o quanto é difícil lutar por mais um dia de vida quando se está sem saúde, elas não jogariam a sua saúde no lixo.
E foi aí que ele me falou que faz quimioterapia todos os dias, imaginem isso! Faz a branca, com doses menores, três dias na clínica e nos outros dias, ele leva a medicação em uma bolsinha colada ao cateter e assim vai usando todos os dias a quimio. Acostumou-se com os efeitos colaterais... acostumou com a dor, acostumou com o sofrer. 
Vocês imaginem a dimensão do sofrimento desse rapaz... onze anos de dor, de falta de perspectivas, de insucesso nos tratamentos e a cada metástase uma nova dor, uma nova decepção e mais um sofrer.
O que eu vi naqueles olhos foi uma imensa resignação, uma força enorme que o mantém vivo e uma fé absoluta, não em se imaginar curado, mas em saber que se ainda está entre nós, é porque seu momento ainda não chegou e lhe resta agradecer ao Pai pelos onze anos concedidos, apesar das adversidades, apesar de uma vida tão sofrida, mas que pensa valer a pena, nem que seja para vivê-la olhando da sua janela.
Esse foi mais um anjo que Deus enviou para conversar comigo.  O Meu Pai tem um jeito muito especial de falar comigo e ainda bem que Ele entende as minhas fraquezas e me envia Seu colo quando quero chorar.  Dessa vez Ele enviou através do Alex, que talvez ainda esteja entre nós com esse propósito: confortar e dar forças a quem está fragilizado.

Helena Estephá  



quinta-feira, 3 de abril de 2014

Sinais e sintomas do Câncer de Vulva





O câncer de vulva é uma neoplasia rara, que corresponde a menos de 1% das neoplasias malignas da mulher sendo responsável por 3-5% das neoplasias malignas do trato genital feminino. Apresentando maior incidência em mulheres com 70 anos ou mais.

Os principais tipos de câncer de vulva são:

Carcinomas de Células Escamosas

A maioria dos cânceres de vulva são carcinomas de células escamosas. Este tipo de câncer se inicia nas células escamosas, o principal tipo de células da pele. O carcinoma verrucoso é um subtipo de carcinoma de células escamosas de crescimento lento. Este câncer parece ser uma verruga grande e uma biópsia é necessária para determinar se é benigna (ou não). Este tipo de câncer de vulva tende a ter um bom prognóstico.

Adenocarcinoma

O câncer que se inicia nas células glandulares é denominado adenocarcinoma. Cerca de 8% dos cânceres de vulva são adenocarcinomas. Os adenocarcinomas vulvares frequentemente começam nas células das glândulas de Bartholin. Estas glândulas são encontradas apenas no interior da abertura da vagina. Um câncer da glândula de Bartholin é facilmente confundido com um cisto (acúmulo de líquido na glândula), retardando o diagnóstico e tratamento corretos. Os adenocarcinomas também podem se formar nas glândulas sudoríparas da pele da vulva.


A doença de Paget da vulva é uma condição na quais células de adenocarcinoma são encontradas na camada superior da pele. Até 25% das pacientes com a doença de Paget vulvar têm também um adenocarcinoma invasivo vulvar, na glândula de Bartholin ou nas glândulas sudoríparas. Nas demais pacientes, as células cancerígenas são encontradas apenas na camada superior da pele.


Melanoma

Os melanomas se desenvolvem a partir das células produtoras do pigmento que dá cor à pele. Eles são muito mais comuns em áreas da pele expostas ao sol, mas também podem se iniciar em outras áreas, como a vulva. Cerca de 5% dos melanomas em mulheres ocorrem na vulva, geralmente nos lábios menores e no clitóris.


Sarcoma

O sarcoma é um câncer que começa nas células ósseas, musculares ou tecido conjuntivo. Menos de 2% dos casos de câncer de vulva são sarcomas. Ao contrário de outros tipos de câncer da vulva, os sarcomas vulvares podem ocorrer em mulheres em qualquer idade, inclusive na infância.


Carcinoma Basocelular

O carcinoma basocelular, o tipo mais comum de câncer de pele, é mais frequentemente encontrado em áreas da pele expostas ao sol, raramente ocorre na vulva.

Os principais sinais e sintomas do câncer de vulva são:

Neoplasia Intraepitelial Vulvar

A maioria das mulheres com neoplasia intraepitelial vulvar não apresentam sintomas. Quando uma mulher com neoplasia intraepitelial tem um sintoma, na maioria das vezes é como coceira que não melhora. Uma área com neoplasia intraepitelial pode parecer diferente do que a pele normal da vulva. Muitas vezes é mais espessa e mais do que a pele normal em torno dela. No entanto, uma área de neoplasia intraepitelial também pode apresentar colorações (vermelho, rosa ou mais escura) diferentes da pele ao redor.

Como essas alterações são muitas vezes causadas por outras condições clínicas, algumas mulheres não percebe que podem ter uma doença grave. Algumas tentam tratar o problema por conta própria. Às vezes, até mesmo os médicos não diagnosticam a doença no início.


Câncer de Vulva de Células Escamosas Invasivo

Quase todas as mulheres com câncer vulvar invasivo apresentarão algum sintoma. Estes sintomas são semelhantes aos observados com a neoplasia intraepitelial. Com o desenvolvimento da doença, o tumor pode ser observado nitidamente, como um inchaço vermelho, rosa ou branco, com uma superfície tipo uma verruga ou ferida. A área também pode aparecer branca e áspera.

Cerca de metade das mulheres com câncer de vulva se queixam de coceira persistente e um crescimento anormal. Algumas também se queixam de dor ao urinar, queimação e sangramento não associado ao período menstrual normal. Uma úlcera que persiste por mais de um mês é outro sinal.

O carcinoma verrucoso, um subtipo de câncer de vulva invasivo de células escamosas, se manifesta como tumores com aspecto de couve-flor ou verrugas genitais.


Melanoma Vulvar

Muitas vezes, o primeiro sinal de melanoma é uma mudança no tamanho, forma ou cor de uma mancha já existente. A regra "ABCD” pode ser usada para lembrar o que deve ser procurado:

Assimetria – O formato de metade da mancha não coincide com a outra metade.
Borda - As bordas são irregulares, entalhadas ou dentadas.
Cor - A cor não é uniforme. Tom de preto, marrom e canela podem estar presentes. Áreas brancas, cinza, vermelha ou azul também podem ser observadas.
Diâmetro - Maior que 6mm.
O sinal mais importante do melanoma é uma alteração no tamanho, cor e forma de uma pinta. Alguns melanomas não se enquadram nas regras acima descritas, por isso é importante informar ao médico quaisquer alterações em lesões de pele ou novos crescimentos de aparência diferente do restante das pintas existentes.

Câncer da Glândula de Bartholin

Um nódulo em ambos os lados da abertura da vagina pode ser um sinal de carcinoma das glândulas de Bartholin. No entanto, muitas vezes, uma protuberância nesta área pode tratar-se de um cisto da glândula de Bartholin, que é muito mais comum.


Doença de Paget


Dor e uma área escamosa avermelhada são sintomas da doença de Paget vulvar.

Fonte:  ONCOGUIA