segunda-feira, 3 de março de 2014

Novidades no Tratamento do Câncer Colorretal






Muitas pesquisas sobre câncer colorretal estão em desenvolvimento em diversos centros médicos no mundo inteiro, promovendo grandes avanços em prevenção, detecção precoce e tratamentos:

Genética

Estudos recentes detectaram quais genes hereditários podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver câncer colorretal. Estes genes já estão sendo utilizados em testes genéticos para informar as pessoas com maior risco de desenvolver a doença.

Os médicos também perceberam que algumas alterações genéticas influenciam na eficácia de certos tratamentos. Por exemplo, o câncer colorretal, com alterações nos genes KRAS ou BRAF não são susceptíveis de terem sucesso com certas drogas específicas, como cetuximab ou panitumumab. Atualmente, os médicos tem como avaliar estas alterações genéticas, que ajudam a poupar algumas pessoas de receberem tratamentos desnecessários.

Um novo teste foi desenvolvido, para avaliar a atividade de 18 genes diferentes do câncer. Este teste ajuda a prever quais os pacientes com câncer do cólon estágio II podem se beneficiar da quimioterapia adjuvante.

Avanços na compreensão de como as alterações genéticas causam câncer colorretal também pode levar ao desenvolvimento de novas drogas e terapias para corrigir esses problemas genéticos.


Quimioprevenção

A quimioprevenção usa produtos químicos naturais ou produzidos em laboratório para diminuir o risco de uma pessoa desenvolver câncer. Pesquisadores testando se certos suplementos, minerais (como, cálcio) e vitaminas (como, ácido fólico e vitamina D) podem reduzir o risco de câncer colorretal.

Alguns estudos detectaram que as pessoas que tomam multivitaminas contendo ácido fólico, suplementos de vitamina D ou cálcio podem ter um menor risco de câncer colorretal do que as pessoas que não tomam. Entretanto, mais pesquisas para esclarecer os possíveis benefícios dessas e outras substâncias, como o selênio e o curcumina, estão em andamento.

Tomar aspirina ou alguns outros antiinflamatórios não esteroides está associado a um menor risco de câncer colorretal, mas esses medicamentos podem causar úlceras estomacais e outros efeitos colaterais. Por essa razão o uso de aspirina especificamente para este fim não é recomendado.

Antiinflamatórios, como sulindac e celecoxib têm sido mostrados que podem reduzir a formação de pólipos adenomatosos em pessoas com polipose adenomatosa familiar. O celecoxib pode apresentar efeitos colaterais, como um risco aumentado de doença cardíaca.

Muitas pessoas usam drogas conhecidas como estatinas para reduzir o nível do colesterol. Estas drogas também podem ajudar a diminuir o risco de pólipos e câncer colorretal. Um estudo, atualmente em desenvolvimento, está avaliando se o uso da rosuvastatina em pessoas que tiveram pólipos ou câncer de cólon irá diminuir o risco de um novo câncer de cólon, de pólipos ou mesmo uma recidiva.


Detecção Precoce

O câncer colorretal é muito mais fácil de ser tratado com eficácia se diagnosticado em estágio inicial. Os estudos continuam verificando a eficácia dos atuais métodos de rastreamento do câncer colorretal e avaliando novas formas de comunicar ao público sobre a importância do rastreamento.

Enquanto isso, novos exames de imagem e de laboratório também estão sendo desenvolvidos e testados. Modernas técnicas mais exatas para observar alterações nas fezes que possam indicar câncer colorretal em desenvolvimento, entre elas exames capazes de detectar sangue nas fezes (imunoquimicos fecais) e exames para detectar alterações no DNA de células nas fezes.

A colonoscopia virtual (CV) é um tipo especial de tomografia computadorizada que pode detectar muitos pólipos e câncer em estágio inicial. Um estudo recente constatou que esse exame poderia ser útil no rastreamento, mesmo sem o paciente ter que ingerir grandes quantidades de laxantes.


Novas Técnicas Cirúrgicas

Os cirurgiões continuam a aprimorar as técnicas cirúrgicas do câncer colorretal. Atualmente, eles têm uma melhor compreensão de que a cirurgia colorretal está propensa a ser mais bem sucedida, quando um número suficiente de linfonodos é removido durante a cirurgia.

A cirurgia laparoscópica é realizada através de pequenas incisões no abdome ao invés de uma grande incisão, e está se tornando mais amplamente utilizada para alguns tipos de câncer colorretal. Esta abordagem permite que os pacientes se recuperem mais rápido, com menos dor no período pós-cirúrgico.

A cirurgia laparoscópica também está sendo estudada para o tratamento de alguns tipos de câncer retal, mas ainda são necessárias mais pesquisas para verificar sua eficácia em relação à cirurgia convencional. Com a cirurgia robótica, o cirurgião senta-se diante de um painel de controle e manuseia com precisão através de braços robóticos para realizar a cirurgia. Entretanto, este tipo de procedimento ainda está sendo estudado.


Quimioterapia

Muitos ensaios clínicos estão testando novas drogas quimioterápicas ou drogas que já são utilizadas contra outros tipos de câncer, como a cisplatina e a gemcitabina. Outros estudos buscam novas maneiras de combinar medicamentos já existentes contra o câncer colorretal, como o irinotecano e oxaliplatina, para melhorar a sua eficácia. Outros estudos estão testando as melhores maneiras de combinar a quimioterapia com a radioterapia, terapias alvo e imunoterapia.

Terapia Alvo

Várias terapias alvo já são utilizadas para tratar o câncer colorretal, incluindo bevacizumab, cetuximab e panitumumab. Os médicos continuam a estudar a melhor maneira de receitar esses medicamentos, de modo a torná-los mais eficazes.

A terapia alvo é usada, atualmente, no tratamento do câncer avançado, mas novos estudos estão em andamento, para determinar se pode ser usada na terapia adjuvante, para reduzir ainda mais o risco de recidiva.

Atualmente, também estão em desenvolvimento dezenas de estudos sobre novas terapias alvo, com o intuito de oferecer mais opções de tratamento às pessoas com câncer colorretal. Alguns desses são anticorpos monoclonais, como os que já estão em uso, e outros com as drogas convencionais, que passarão a ser utilizadas via oral.


Imunoterapia

Vários estudos com vacinas para tratar o câncer colorretal ou impedir a recidiva estão em andamento. Ao contrário das vacinas que impedem doenças infecciosas, estas vacinas são destinadas a aumentar a reação imunológica do paciente para combater o câncer colorretal de forma mais eficaz.

Muitos tipos de vacinas estão em estudo, por exemplo, algumas envolvem a remoção de células do sistema imunológico do próprio paciente a partir do sangue, que são expostas, em laboratório, a uma substância que fará com que elas ataquem as células cancerígenas, quando colocadas de volta ao corpo do paciente. Neste momento, estes tipos de vacinas estão disponíveis apenas em ensaios clínicos.


Fonte: American Cancer Society 

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