Existe, nos dias de hoje, um grande leque de opções de
tratamento para o câncer de mama. Para cada tipo e estadio da doença (extensão
da doença), são várias as opções.
Esta variedade de modalidades de tratamento pode parecer
confusa ao paciente, mas segue regras bastante claras, que norteiam o
tratamento de cada paciente.
O princípio da terapia curativa do câncer de mama é a
cirurgia. Embora a cirurgia não necessariamente tenha de ser o primeiro
tratamento, sempre que há intenção curativa, a cirurgia deve fazer parte do
tratamento.
Em determinadas situações, dependendo do estadiamento da
doença, está indicada a radioterapia, seja como complemento ao tratamento
curativo cirúrgico, seja como parte de tratamento paliativo, para diminuir
sintomas relacionados à doença.
Descrevemos a seguir o tratamento radioterápico.
Radioterapia
A radioterapia é administrada geralmente após a cirurgia (ou
após a quimioterapia), na região da mama e tem por objetivo eliminar células malignas
que porventura tenham sobrado no local, ou próximas de onde foi retirado o
tumor.
A radioterapia está indicada sempre que for feita uma
cirurgia conservadora (setorectomia), e em situações nas quais o tumor era
grande (geralmente maior que 5
cm ) ou quando havia muitos linfonodos comprometidos
(geralmente mais que 4). Em pacientes idosas e com tumores pequenos, em alguns
casos se opta por poupar a paciente da radioterapia mesmo tendo sido feita
apenas uma setorectomia. Mesmo em situações nas quais o tumor é menor e o
número de linfonodos comprometidos menor que 4, o oncologista pode optar pela
radioterapia, como uma forma de dar a maior garantia possível de que a doença
não irá recidivar localmente.
A radioterapia pode ser tanto externa quanto interna. A
radioterapia interna, utilizada apenas em alguns centros em nosso país,
consiste na aplicação de radioterapia durante o procedimento cirúrgico. Nestes
casos pode ser recomendada complementação com radioterapia externa.
A radioterapia mata células tumorais por causar alterações
no material genético (DNA), que acaba levando à morte destas células.
Como é aplicada a radioterapia
Quando se trata da radioterapia externa, a paciente fica
deitada e um aparelho direciona a radioterapia sobre a região desejada. A
paciente não sente nada durante a aplicação, que dura apenas alguns minutos por
dia.
Geralmente, a radioterapia é aplicada em 35 seções diárias,
mas recentemente novas modalidades vêm permitindo diminuir o número de dias de
aplicação (chamado de hipofracionamento). A radioterapia é aplicada 5 dias por
semana.
Cuidados durante a radioterapia
Recomenda-se que a paciente não utilize desodorante ou
outras loções durante a aplicação na região a ser irradiada, para evitar
interferir com a radioterapia.
Efeitos colaterais da radioterapia
O efeito mais comum é a queimadura da pele na área irradiada,
semelhante a uma queimadura solar importante. A pele fica avermelhada ou
escurecida, pode ocorrer coceira, certa
dor local, descamação.
Estes efeitos tendem a melhorar ao longo de várias semanas
ou até meses após o término da radioterapia.
Outros efeitos colaterais são fadiga, desconforto na axila,
raramente dor torácica ou problemas cardíacos (raríssimo, com equipamentos
modernos), queda temporária na produção de sangue (anemia, baixa de glóbulos
brancos e de plaquetas).
Os efeitos colaterais podem ser minimizados, devendo a
paciente alertar o radioterapeuta assim que apresente qualquer desconforto.
Outras indicações para o uso de radioterapia
A radioterapia pode também ser indicada para tratamento
paliativo, isto é, para irradiar áreas onde o tumor está crescendo e
comprometendo o tecido, mesmo que a doença não seja mais curável.
Um exemplo é a radioterapia para lesões ósseas nas quais
exista risco de fratura ou para controlar a dor decorrente do crescimento
tumoral no osso. Outro exemplo é a radioterapia para o cérebro, usada em casos
de doença metastática para o sistema nervoso central.
As doses e duração de tratamento nestes casos variam muito,
na dependência de fatores como localização, equipamento disponível e intenção
do tratamento.
Fonte: Câncer da Mama.com
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