quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Sinais e sintomas do Câncer Colorretal

 

O câncer colorretal pode não apresentar qualquer manifestação clínica, mas, se ocorrer, pode causar um ou mais dos seguintes sintomas:

  • Diarreia ou constipação.
  • Sensação de que o intestino não é completamente esvaziado.
  • Presença de sangue nas fezes.
  • Dor abdominal tipo cólica, sensação de inchaço abdominal.
  • Cansaço e fadiga.
  • Perda de peso sem um motivo específico.

Os cânceres colorretais podem muitas vezes causar sangramento no trato digestivo. Às vezes, o sangue pode ser visto nas fezes ou estas parecem estar mais escuras, no entanto, muitas vezes, as fezes parecem normais. Mas, com o tempo, a perda de sangue pode ser cumulativa provocando anemia. Às vezes, o primeiro sinal do câncer colorretal é a diminuição dos glóbulos vermelhos no exame de sangue.

Algumas pessoas podem apresentar sinais de que o câncer se espalhou para o fígado com aumento do fígado perceptível no exame físico, icterícia ou dificuldade para respirar devido a disseminação da doença para os pulmões.

Estes sintomas também estão relacionados a outras doenças, como infecção, hemorroidas ou síndrome do intestino irritável, não sendo necessariamente sinais e sintomas exclusivos do câncer colorretal. Entretanto, existindo qualquer um desses sintomas, um médico deverá ser consultado para o diagnóstico preciso e o início do tratamento caso necessário.

Recomendações para o rastreamento do Câncer Colorretal

Pessoas com risco médio

Recomenda-se que as pessoas com risco médio para câncer colorretal iniciem o rastreamento regular aos 45 anos.

As pessoas em bom estado geral de saúde e expectativa de vida de mais de 10 anos devem manter o rastreamento do câncer colorretal regularmente até os 75 anos de idade.

Para pessoas com idades entre 76 e 85 anos, a decisão de fazer o rastreamento deve estar baseada em suas preferências pessoais, expectativa de vida, estado geral de saúde e histórico de rastreamento anterior. Pessoas com mais de 85 anos não precisam mais fazer o rastreamento de câncer colorretal.

Para o rastreamento, considera-se que uma pessoa tem risco médio se não apresentar:

  • Histórico pessoal de câncer colorretal ou certos tipos de pólipos.
  • Histórico familiar de câncer colorretal.
  • Histórico pessoal de doença inflamatória intestinal (colite ulcerativa ou doença de Crohn).
  • Síndrome de câncer colorretal hereditário confirmada ou suspeita, como polipose adenomatosa familiar ou síndrome de Lynch.
  • Histórico pessoal de radioterapia prévia do abdome ou região pélvica.

Opções de exames para rastreamento de câncer colorretal

     Exames que diagnosticam principalmente o câncer (Exames nas fezes):

  • Exame imunoquímico fecal (FIT), anualmente.
  • Exame de sangue oculto nas fezes pelo teste do guaiacol, anualmente.
  • Exame de DNA nas fezes, a cada 3 anos.

     Exames que diagnosticam pólipos e câncer:

  • Colonoscopia, a cada 10 anos.
  • Colonografia CT (colonoscopia virtual), a cada 5 anos.
  • Sigmoidoscopia flexível, a cada 5 anos.

Pessoas com risco aumentado ou alto

As pessoas com risco aumentado ou alto de câncer colorretal podem precisar iniciar o rastreamento antes dos 45 anos, fazer exames com mais frequência e/ou realizar exames específicos. Isso inclui pessoas com:

  • Histórico familiar importante de câncer colorretal ou certos tipos de pólipos.
  • Histórico pessoal de câncer colorretal ou certos tipos de pólipos.
  • Histórico pessoal de doença inflamatória intestinal (Colite ulcerativa ou doença de Crohn).
  • Histórico familiar de síndromes de câncer colorretal hereditárias, como polipose adenomatosa familiar ou síndrome de Lynch.
  • História pessoal de radioterapia prévia do abdome ou região pélvica.

Pessoas com risco aumentado

     Pessoas com um ou mais familiares que tiveram câncer de cólon ou reto

As recomendações de rastreamento para essas pessoas dependem do familiar que teve a doença e da idade no momento do diagnóstico. Algumas pessoas com histórico familiar poderão seguir as recomendações para adultos com risco médio, mas outras podem precisar realizar colonoscopia com maior frequência e, possivelmente, antes dos 45 anos.

     Pessoas que tiveram pólipos removidos durante uma colonoscopia

A maioria dessas pessoas precisará repetir a colonoscopia após 3 anos, mas outras podem precisar repetir antes (ou depois) dos 3 anos, dependendo do tipo, tamanho e número de pólipos.

     Pessoas que tiveram câncer de reto ou cólon

A maioria dessas pessoas começará a realizar colonoscopias regularmente um ano após a cirurgia de retirada do tumor. Outros exames, como ultrassom ou proctoscopia com ultrassom, também podem ser indicados para algumas pessoas com câncer de reto, dependendo do tipo de cirurgia que foi realizada.

     Pessoas que fizeram radioterapia prévia na região do abdome ou pélvica

A maioria dessas pessoas iniciará as colonoscopias ou exames de fezes mais cedo, podendo ser necessário iniciar o rastreamento precocemente, dependendo da idade que tinham ao fazer a radioterapia. O rastreamento geralmente se inicia 5 anos após a radioterapia ou aos 30 anos de idade, o que ocorrer por último. Essas pessoas também farão acompanhamento com mais frequência do que o normal, a cada 3 a 5 anos.

Pessoas com risco alto

     Pessoas com doença inflamatória intestinal (Doença de Crohn ou colite ulcerativa)

Essas pessoas geralmente precisam realizar colonoscopias, iniciando pelo menos 8 anos após o diagnóstico da doença inflamatória intestinal. As colonoscopias de acompanhamento devem ser feitas a cada 1 a 3 anos, dependendo dos fatores de risco para câncer colorretal e dos resultados da colonoscopia anterior.

     Pessoas com determinadas síndromes genéticas

Essas pessoas geralmente precisam fazer colonoscopia. Recomenda-se que o rastreamento se inicie cedo, possivelmente na adolescência, para algumas síndromes, e seja realizado com mais frequência.


Fonte: ONCOGUIA


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