Atualmente, vírus é diagnosticado pelo papanicolau, um exame
mais invasivo que é recomendado para prevenir o câncer de colo do útero
HPV: Exame de urina pode ser alternativa ao papanicolau para
diagnosticar vírus (SPL/SPL RF/Latinstock/VEJA)
Um simples exame de urina pode ser uma alternativa não invasiva
e mais barata para diagnosticar a presença do vírus do papiloma humano
(HPV), que em alguns casos pode levar o câncer de colo do útero, segundo
as conclusões de uma nova pesquisa.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Accuracy of urinary human
papillomavirus testing for presence of cervical HPV: systematic review and
meta-analysis
Onde foi divulgada: The British Medical Journal
Quem fez: Neha Pathak, Julie Dodds, Javier Zamora
e Khalid Khan
Instituição: The
London School of Medicine and dentistry, Queen Mary University of London
Resultado: O exame de urina pode ser alternativa
mais barata e menos invasiva para detectar HPV em mulheres.
Atualmente, os médicos recomendam o papanicolau para prevenir e
diagnosticar esse tipo de câncer. Parte do exame consiste em coletar células do
colo do útero e procurar pelo DNA dos diferentes tipos do vírus HPV, incluindo
aqueles associados a um maior risco da doença.
Conclusões — O novo estudo, realizado na Queen Mary University of
London, na Grã-Bretanha, analisou outras 14 pesquisas feitas com cerca de 1 500
mulheres que sugeriram a possibilidade de um exame de urina ser usado para
detectar o HPV. Os autores concluíram que o teste, que ainda não está
disponível para uso clínico, é eficaz em diagnosticar o vírus em 87% dos casos
e em acertar o diagnóstico negativo 97% das vezes.
Apesar disso, estudo indicou que o papanicolau continua sendo
mais eficaz do que o teste de urina. Por exemplo, a capacidade de o exame de
urina detectar os tipos 16 e 18 do HPV, que são os mais associados ao câncer de
colo do útero, é 27% menor do que a do papanicolau.
Leia também:
"A detecção dos HPV na urina é um método não invasivo, de
fácil acesso e mais aceitável para as mulheres", escreveram os autores no
artigo. Segundo eles, essa abordagem pode favorecer pacientes que, por algum
motivo, são reticentes em realizar o papanicolau. Além disso, por ser mais
barato, o teste é uma alternativa mais viável para diagnosticar o vírus em
países mais pobres e com carências em suas infraestruturas de saúde.
Fonte: A pesquisa foi publicada
nesta terça-feira no site do periódico The British Medical Journal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário